quarta-feira, 10 de outubro de 2012

FELICIDADE PARA OS BANQUEIROS, ARROCHO PARA OS BANCÁRIOS

Assim como na greve dos servidores federais, o Governo Dilma se mostrou totalmente intransigente com as reivin­dicações dos bancários públicos. E pra piorar, além de ter se escondido atrás da FENABAN, para não apre­sentar um índice de reajuste digno, ao mesmo tempo, não seguiu a proposta de piso (8,5%) apre­sentada pelos banqueiros, mostrando que a estratégia da Mesa Única de negociação defendida pela Contraf/CUT é uma farsa.


PODÍAMOS CONQUISTAR MAIS!

O sindicato causou grande confusão na categoria ao chamar duas assembleias para deflagrar a greve, com isso esvaziando as duas. É importante que a primeira assembleia seja lotada para fortalecer as pessoas para a greve. Apesar disso, quando a proposta foi apresentada, após nove dias, nossa greve podia crescer. Caixas e funcis das centrais de atendimento, por exemplo, mostraram que com mobilização é possível conquistar mais. Foram dois setores que aderiram com mais força a greve e conseguiram cláusulas no Acordo específicas para suas demandas.

Mas, ao contrário de fortalecer a greve, a Contraf/CUT encaminhou a aprovação de um Acordo que não atende aos nossos interesses! E deixa nossa reivindicação específica mais importante em aberto, e que pode se transformar em uma grande armadilha.



 JORNADA DE 6 HORAS: 
A “CONQUISTA” SUMIU DA REDAÇÃO FINAL DO ACORDO

Se a proposta de jornada de 6 horas vier com redução salarial, não será uma conquista, mas um ataque. O cheque em branco assinado pela Contraf/CUT nos deixa a mercê da proposta que o BB quiser apresentar. Ninguém sabe qual é a proposta. Tiveram a cara de pau de vendê-la como a grande conquista da Campanha Salarial, mas ela sequer foi posta no Acordo final assinado.

Precisamos construir um calendário de mobilização e, exigir que o Sindicato cumpra seu papel. A lei já nos garante a jornada de 6 horas! Não abriremos mão do nosso direito!

DESCOMISSIONAMENTO POR ATO DE GESTÃO = MAIS ASSÉDIO MORAL

Um dos avanços que obtivemos na Campanha Salarial de 2011 foi a inclusão da cláu­sula que exigia três avaliações negativas para justificar um des­comissionamento. A alteração unilateral do nor­mativo, pelo BB, criando a possibilidade de descomissionamento por ato de gestão e conduta ina­dequada, transforma a cláusula das 3 GDPs em letra morta. Enquanto o BB não al­terar a IN não teremos qualquer proteção contra os descomissio­namentos.

QUEM LUTOU POR TODOS NÃO DEVE SER PUNIDO!

A compensação das horas de greve NÃO É OBRIGATÓRIA e acaba em 15/12. Não haverá desconto pelos dias parados. As horas não compensadas serão zeradas em 16/12.

A greve ocorre pela intransigência dos banqueiros e do governo, como último recurso para conseguirmos aumento de salário, condições de trabalho e qualidade de vida. Não vamos aceitar que os que lu­taram sejam penalizados. Caso você seja pressionado pelo seu administrador, entre em contato conosco. A greve é um direito! 

PARA ESCREVER UM NOVO ROTEIRO, 
PRECISAMOS DA PARTICIPAÇÃO DE TODOS

É frustrante ver nossas lutas derrotadas pela ação coordenada entre banqueiros, governo e aqueles que deveriam dirigir nossas lutas. E ainda com o apoio de uma parcela equivocada da categoria, que além de não respeitar a decisão da maioria e furar a greve, vai pra assembleia para votar a mando do Banco. Esse ano foi por apenas 56 votos que enterraram a nossa greve.

Por se sentirem traídos pela direção do movimento, os bancários não querem mais participar. Porém é preciso entender que é justamente esse afastamento que cria as condições para que a Contraf/CUT controle e traia as nossas lutas. Precisamos romper com esse círculo vicioso e retomar o Sindicato para o caminho das lutas e das conquistas. Eles estimulam a ideia de que o Sindicato é para “lutar em meu nome”. Nós afirmamos que a força dos trabalhadores é insubstituível e apenas a nossa ação direta pode nos garantir vitórias.

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