segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CARTA DE REPÚDIO À MESA DE NEGOCIAÇÃO DO BANCO DO BRASIL

O Pará foi um dos Estados que rejeitou a proposta de acordo específio do BB nas assembleias do dia 26.
Vejam a carta aprovada na assembleia do dia 27/09, quando em função do quadro nacional, os colegas foram forçados a recuar da greve. É importante termos clareza que, nas principais cidades, as assembléias que analisaram o acordo foram muito divididas. Aqui no Rio, a proposta foi aprovada por uma diferença de apenas 56 votos.
O texto expressa uma avaliação muito pertinente do que foi este processo de negociação com o BB.
Está na hora de começarmos a mudar este script. O que poderá garantir um desfecho diferente é nossa participação efetiva e presença nas assembléias, bem como a  construção de uma nova direção para nossa categoria.
Estamos de cabeça em pé e prontos para as novas batalhas.

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CARTA DE REPÚDIO À MESA DE NEGOCIAÇÃO DO BANCO DO BRASIL


Os bancários do Banco do Brasil S/A do estado do Pará, demonstrando sua total insatisfação com a proposta apresentada pela direção do banco para a Campanha Salarial 2012, em assembléia no dia 26 de setembro, optaram por permanecer na greve, mesmo que muitos sindicatos pelo Brasil afora tenham votado por encerrar o movimento. Tal atitude, a princípio, fragilizada pela perda da influência nacional, serve como manifestação do REPÚDIO desses bancários à postura do Governo Federal e da direção do Banco do Brasil em tratar este legítimo e justo movimento com intransigência e truculência, pois, se por um lado não houve avanços significativos as reivindicações históricas dos trabalhadores, por outro, tentou-se impor o método do medo e da intimidação, ao enviar, dias antes da deflagração da greve, boletim pessoal para todos os funcionários informando o conteúdo perverso da IN 379 que trata de descomissionamento e demissão.

REPUDIAMOS também, a postura da CONTRAFCUT de render precipitadamente as reais condições de negociação que a categoria possuía, indicando a aceitação da primeira proposta depois de oito dias de greve e na prática atuando pelo encerramento da mesma. Uma confederação, não pode se convencer tão rapidamente por uma proposta, sem que esta signifique vitória real, como por exemplo: a alteração da IN 379, a elevação do piso do BB em 8,5% ( mesmo  reajuste da FENABAN ) ou a garantia da jornada de 6 horas sem redução de salário.

A falta de habilidade da direção do Banco do Brasil, em especial do diretor Carlos Neri, para negociar com os trabalhadores significou mais uma vez a paralisação de nossas atividades.

Assim, por mais um ano, esta corajosa categoria não cedeu às ameaças, e o sacrifício dos colegas que assumiram para si a realização desta greve e de todas as atividades é minimamente recompensado com esta carta de repúdio, em um momento em que nossa insatisfação se transforma em força e em compromisso de lutarmos sempre de cabeça erguida e com dignidade.

Mas é fundamental deixar claro que não estamos derrotados, pois nossa disposição e consciência da luta que travamos são superiores a truculência do governo e da direção do banco, bem como a mais este erro da CONTRAF-CUT.

ASSEMBLÉIA DOS BANCÁRIOS DO BANCO DO BRASIL S/A, Belém, 27 de setembro de 2012

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