segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

UM EXCELENTE 2013!!!


Galera,                                                   

         O ano de 2012 chegou ao fim e mostrou a força dos trabalhadores no cenário nacional e internacional. O aprofundamento da crise na Europa e a imposição de planos de austeridade pela troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI), levou milhares de pessoas às ruas, culminando no 14N, onde a greve geral iniciada por Portugal e Espanha, contou com a adesão da Grécia e Itália, além de mobilizações em, pelo menos, 23 países do continente europeu. 
          Por aqui, tivemos a resistência ao massacre no Pinheirinho, em São José dos Campos. Um ato de truculência do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, passando por cima, inclusive de uma orientação da Justiça Federal. Importante lembrarmos da omissão do governo Dilma durante e após o massacre. Mídia, justiça e governos juntos contra os trabalhadores.SOMOS TODOS PINHEIRINHO! 
          A greve dos servidores federais, que durou mais de três meses, quebrou a intransigência do governo e fez com que Dilma recuasse da decisão inicial de reajuste zero. Mais importante que o índice conquistado (15,8%) foi a dimensão da mobilização de uma greve unificada, gerando um impacto político e até uma queda na popularidade de Dilma naquele momento. Não podemos deixar de lembrar dos trabalhadores da construção civil, que lutam contra os baixos salários e péssimas qualidades de vida dentro das obras do PAC e Copa do Mundo.
           Nós, bancários, temos como patrões os banqueiros, donos das principais Instituições que aprofundam a crise nacional e internacional. Geram inúmeras mazelas aos seus funcionários e clientes, a serviço do sistema que estamos inseridos. 
          Portanto somos imprescindíveis na atual conjuntura, pois lutamos contra os maiores algozes do sistema. Demissões em massa nos bancos privados; perdas salariais sem reposições, falta de isonomia, assédio moral e redução de postos de trabalho nos bancos públicos. Sem contar a péssima qualidade de vida, adoecimento e mortes na categoria bancária. 
          No Banco do Brasil, já iniciamos uma batalha contra as reestruturações nas áreas de apoio do banco (CSL e CSO), com redução de postos de trabalho e um esvaziamento social. político e econômico do Rio de Janeiro. A Comissão Sindical do Andaraí buscou e conseguiu marcar, através do mandato do deputado estadual Paulo Ramos (PDT), uma audiência pública realizada no último dia 10 de dezembro. Após a pressão da base, a audiência foi encampada pela direção do SEEB-RJ e contou com representantes da Engenharia e Arquitetura do Banco, aposentados e da base da categoria e teve repercussão e esperamos que seus desdobramentos daqui pra frente sejam positivos para a categoria.
          Em 2013, temos em pauta a jornada de 6 horas e a luta contra o Acordo Coletivo Especial, o ACE, projeto encabeçado pela CUT, no ABC paulista, que simplesmente tem a intenção de impor o "negociado sobre o legislado", flexibilizando a CLT.
          Amigos,

                   Um Excelente 2013 a Todos!!!! Um ano de Luta e Conquistas!!!




sábado, 15 de dezembro de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA FOI MAIS UM PASSO NA LUTA CONTRA AS REESTRUTURAÇÕES

Nesta segunda, dia 10/12, aqui no Rio, ocorreu a Audiência Pública na ALERJ, cujo tema central foi o questionamento às reestruturações que estão sendo implementadas no BB, atingindo especialmente os funcionários dos CSL e CSOs. A sala da audiência estava lotadada por dezenas de colegas do Banco. Os delegados sindicais do Complexo Andaraí apresentaram um dossiê com inúmeros dados sobre as consequencias aos trabalhadores do BB e a sociedade em geral, decorrente da política de centralização dos serviços da área meio. Além disto, exigiram que o Banco desse publicidade a Nota Técnica que estabelece como ficará o quadro de funcionários após a centralização. Os Engenheiros e Arquitetos do BB, através de duas associações, apresentaram vários elementos que deixam evidente que, a cada centralização de serviços, avança-se no descumprimento da legislação trabalhista e no processo de terceirização. A diretoria do Sindicato dos Bancários também se fez presente na Audiência e assumiu o compromisso de ajudar na construção de comissões, junto aos parlamentares do município e do estado, para questionar a reestruturação.

O representante do BB na Audiência , por
outro lado, afirmou, com todas as letras, que a angustia dos funcionários que serão atingidos pela reestruturacão é algo "normal" na sociedade atual e que devemos saber conviver com a angústia. Ou seja, para o Banco, empresa que se diz "referência" de responsabilidade sócio-ambiental, o sofrimento é inerente ao trabalho.

No fim da audiëncia, o deputado Paulo Ramos deixou claro
que é tarefa dos demais deputados debaterem a descaracterização do BB em um banco de mercado.  Exigiu que o Banco apresente todos os dados sobre a sua proposta de nova estrutura aos funcionários e que, acima de tudo, não apresente um projeto pronto. Fez um chamado a que o Banco discuta e negocie seus projetos de reestruturação , sem imposições. E que o norte das novas estruturas seja voltar a cumprir um papel social, e não copiar as maldades praticadas pelo Itau e Bradesco.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CHEGA DE MENTIRAS!!!

O Banco do Brasil soltou mais um Boletim Pessoal no dia 07 de dezembro. Desta vez, distorceram ainda mais as informações, afirmando que o Ministério Público está em concordância com as atitudes do banco em relação à compensação das horas de greve.

Leiam o que, de fato, aconteceu na audiência.
“Vamos arrumar esta IN, que está muito subjetiva. O trabalhador deve entender que não há problemas em fazer greve e que ele não será punido com cancelamento de férias ou abonos. É uma interpretação restritiva, quando o juiz ler vai interpretar como punição e mandar reverter, tanto que foi concedida liminar proibindo esses cancelamentos. Vocês (BB) estão buscando a compensação sem razoabilidade e precisamos buscar um entendimento mediano. Vocês tiveram tempo e espaço para avançar na cláusula, mas agora o que parece é um exercício arbitrário, em busca de seus interesses apenas”, disse a procuradora durante audiência.

A procuradora questionou, ainda, qual seria o prejuízo do banco em manter o modelo de compensação como nos anos passados, já que não há prejuízos para o banco. A resposta do advogado que representava o Banco do Brasil foi de que o BB não pode fazer isso. “Quem sabe no ano que vem”, disse.

A procuradora, ainda, estabeleceu o prazo de 10 de dezembro para o BB reorientar seus administradores e alterar Instrução Normativa no parágrafo sobre as reavaliações de férias, abonos e licenças. Os bancários foram orientados a denunciarem o assédio moral em ação diferente, pois a audiência tratava da Instrução Normativa sobre as férias e abonos cancelados. A procuradora afirmou que vai avaliar os documentos e, se percebido indícios de assédio moral e perseguição aos grevistas, será aberta uma ação civil pública contra o Banco do Brasil.

Ao contrário do que o banco diz, sabe que esta cometendo ilegalidades quando ameaça os grevistas ao arrepio da lei e da convenção coletiva.  Diferente do que afirma no Boletim Pessoal enviado na última sexta-feira, o Ministério Público propôs um acordo para que o banco suspendesse as medidas de pressão aos grevistas, mas o BB se negou a aceitar a proposta da procuradora.

Como resultado, além de várias denúncias ao Ministério Público, em vários locais, o banco tem sofrido derrotas judiciais. Em Santa Catarina, por exemplo, o banco teve que rever suas atitudes.

Leia com atenção um trecho do correio da Super SC, dirigida aos gestores após a decisão judicial:

a) “Os funcionários que possuem horas a compensar deverão apenas ser sensibilizados para efetuar a compensação, nos termos da Convenção Coletiva, sem no entando, a utilização de qualquer mecanismo estabelecido na IN 361, visando o cumprimento da compensação.
b) Os gestores devem abster-se de efetuar convocação formal para compensação ou qualquer outro documento escrito em relação ao assunto;
c) As agências devem abster-se de suspender férias, licenças, cursos ou abonos previamente agendados pelos funcionários, com objetivos de cumprir as horas de compensaçäo.
O texto do correio deixa claro que o banco tem consciência de que as ameaças e as medidas que vem tomando contra os grevistas não têm base na convenção coletiva.
No entanto, não é somente durante o período pós-greve que temos sofrido com as pressões do banco, por isso é necessário que nos organizemos,  tanto de forma coletiva em nossos locais de trabalho como construindo iniciativas mais amplas de mobilização, pois só assim é possível resistir à política do Governo Dilma, fielmente aplicada pelo banco.