segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ESSA É A ÉTICA DO BB?

O Banco do Brasil vem tentando punir os funcionários que fizeram greve, pressionando pela compensação dos dias parados, forçando a elaboração de planos de compensação, com ameaças de analise sob aspecto disciplinar. Ameaças de suspensão de férias e folgas também têm sido feitas. É importante deixar claro que não há nenhum respaldo no Acordo assinado, para essas ameaças, que visam apenas enfraquecer a disposição dos funcionários para as lutas.

O Sindicato do Rio e a Contraf/CUT precisam fazer uma ampla campanha, esclarecendo aos bancários que a redação do acordo é a mesma do ano passado: a compensação não é obrigatória. Infelizmente, até o momento, o Sindicato não convocou a plenária de delegados sindicais, solicitada por carta por dezenas de colegas, para que possamos ampliar esta campanha.

Para que a greve seja de fato um direito dos trabalhadores, ela não pode ser passível de nenhum tipo de punição. E se há alguém que descumpre sistematicamente os Acordos Coletivos, é o BB. Diga NÃO à compensação, exija seu direito a férias e folgas previamente acordadas e denuncie caso tentem força-lo a compensar as horas de greve.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

RENÚNCIA DOS REPRESENTANTES ELEITOS DO COMITÊ DE ÉTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Após anunciar sua renuncia na última assembleia da Campanha Salarial, representantes eleitos do Comitê de Ética do estado do Rio de Janeiro encaminharam formalmente à Gepes a carta de renúncia. Mesma atitude tomaram os representantes dos estados de São Paulo e Rio Grande do Norte.

Veja a íntegra da carta e ao final o vídeo do anúncio da renúncia.

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Desde a criação do Comitê de Ética, há dois anos, alertamos para sérias distorções na sua composição (quatro indicados e um eleito) , bem como pela normatização do seu funcionamento ( estabelecida exclusivamente pelo empregador).

Mesmo assim, participamos das eleições com a perspectiva de mudar seu caráter. Batalhamos pelas mudanças e apresentamos inúmeras propostas para que o Comitê de Ética se transformasse em um instrumento de resistência do funcionalismo. O BB sempre se negou a discutir qualquer aspecto do Comitê.


Os Comitês de Ética não funcionam. As denúncias são registradas na Ouvidoria Interna que, caso não resolva o problema, encaminha-as à Gepes . Praticamente todas as denúncias de assédio ficaram circunscritas à Ouvidoria e às Gepes, que as devolviam para resolução no âmbito das Agências. A Ouvidoria e as Gepes, que “coordenam” os Comitês de Ética, não apresentam os dados e sequer dão satisfação sobre a condução das denúncias. Dessa forma, apesar de nós, representantes eleitos, sermos contatados por inúmeros colegas, relatando casos, nunca tivemos acesso às denúncias formais e não nos é permitido interferir em qualquer instância.


Durante dois anos de existência, na ampla maioria dos 27 Comitês Estaduais, não houve a análise de sequer um caso de assédio, quando muito houve a posse. Enquanto isso, o assédio moral só aumenta. Tanto é que o BB responde em juízo a vários processos, tendo sido recentemente condenado pelo TRT-DF por prática de danos morais coletivos. O assédio foi apontado como “verdadeira ferramenta de gestão nas unidades do banco”.
Cada vez se aprimoram mais os mecanismos de estabelecimento e controle de metas, como o Sinergia, que vai rumo à mensuração individualizada das metas. E assim, os funcionários cada vez mais adoecem, vivem à base de remédios de tarja preta.
 
Em Agosto/12 nosso mandato findaria. O descaso do BB é tanto que ele nem ao menos organizou as eleições que seriam obrigatórias, pelo regimento eleitoral. Em agosto, simplesmente fomos notificados da prorrogação dos nossos mandatos, sem qualquer consulta ao corpo funcional, que nos elegeu.

Outro fato gravíssimo foi a alteração da IN 369, em julho deste ano, que renormatiza o descomissionamento, descumprindo, descaradamente, o que está estabelecido em acordo coletivo. Um retrocesso: concede-se poderes para qualquer administrador descomissionar um colega por conduta inadequada ou ato de gestão, sem necessitar, para isto, de processo administrativo nem das três GDP. Esta IN se transformou na maior ferramenta de assédio : caso a meta não seja atingida, o funcionário está ameaçado de descomissionamento.

Toda esta arrogância se complementa agora, com posturas antisindicais : a Diref ameaça a utilização de inquérito administrativo contra os funcionários que não compensem as horas de greve, entre outras sanções contra os grevistas.

Pelo compromisso que mantemos com o programa através do qual fomos eleitos, hoje nos vemos obrigados a renunciar aos nossos mandatos como membros eleitos dos comitês de ética dos estados do RJ . Esta renúncia também está ocorrendo em outros estados, como em SP e RN. Renunciamos porque NÃO SEREMOS CONIVENTES com a farsa em que estes Comitês se transformaram.

Sabemos que o BB se utiliza da existência dos Comitês de Ética para "propagandear" que combate o assédio moral, sendo uma forma de defesa contra os processos administrativos e penais. . Por isto, relaciona-o no Balanço Social, alem de elencá-lo como uma "conquista" do funcionalismo.

A luta contra o Assédio Moral é central para os bancários. Por isso anunciamos esta renúncia e chamamos os diretores dos sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, que representam 40.000 bancários, a divulgarem esta iniciativa, bem como a entrarem com representação junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o BB por prática de Assédio Moral coletivo.

 
Assinam:
Vânia Gobetti

Fernando Cordeiro (Fernandel)


domingo, 21 de outubro de 2012

O Galo de Briga

O Galo de Briga é um jornal editado pela Comissão Sindical do Andaraí, formada pelos delegados sindicais de diversos prefixos do Complexo do Andaraí-BB / RJ

Leia abaixo algumas das matérias. No PDF, ao final, está a versão completa.

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A nossa campanha salarial 2012 foi muito parecida com as de anos recentes. Repetiu as velhas fórmulas da CONTRAF-CUT que atrapalham o avanço da luta dos bancários. Quase nenhuma preparação: não tivemos plenárias setoriais ou de delegados sindicais, foram convocadas apenas duas assembleias e pronto, estamos em greve por tempo indeterminado. Este é o cenário perfeito para uma greve controlada, onde a opinião dos bancários conta muito pouco ou quase nada, levando a uma participação cada vez menor da categoria.

No BB e na Caixa, a maior parte dos funcionários aderiu ao movimento grevista, mas ficou longe das assembleias ou de qualquer atividade da greve. Até mesmo na assembleia que deflagrou a greve e na de seu encerramento, o comparecimento foi muito baixo. O resultado, todos já conhecem: nenhuma das principais reivindicações foi atendida. O reajuste não refletiu nossas necessidades, nem o que produzimos para os bancos; o piso salarial continua achatado e no caso do BB, o reajuste foi inferior ao da Fenaban; o direito à jornada de seis horas ficou limitado a uma carta de “boas intenções” do banco. O BB se comprometeu a apresentar até janeiro de 2013 um plano de comissões de seis horas para “alguns cargos”. O banco quer, no entanto, uma mudança feita de forma unilateral, com a suspensão das ações na justiça.


Nossa avaliação é de que os bancários, quando organizados e mobilizados, podem muito mais! As últimas campanhas salariais não representaram a verdadeira força da nossa categoria. O nosso afastamento facilita o trabalho daqueles que agem cotidianamente para derrotar as nossas lutas. Os obstáculos só poderão ser superados pelo aumento da participação, colocando o controle da greve nas mãos da categoria.

QUEM SE MOBILIZA CONQUISTA: O EXEMPLO DA CABB!
 
Se no geral o acordo específico do BB não teve avanços, para um setor houve conquistas. Os funcionários que trabalham nas Centrais de Atendimento (CABB´s) mostraram o caminho para conquistarmos nossas reivindicações. Antes mesmo de começar a campanha salarial, organizaram-se e fizeram um encontro nacional dos atendentes. Realizaram duas paralisações em nível nacional, antes da greve da categoria. Durante a greve, alcançaram, em São Paulo, uma paralisação superior a 90%. O resultado foi que duas de suas reivindicações centrais foram atendidas: a trava de dois anos para solicitar transferência foi reduzida para um ano e as comissões de atendentes A e B foram unificadas, com aumento do valor de referência para R$ 2.554,20. Com isso, um atendente B, que está no primeiro nível do PCS (A1), vai ter um aumento de 30,43%. Esta vitória nos mostra que, quando estamos organizados e mobilizados, é possível conquistar nossas reivindicações.

O significado das opressões para os trabalhadores 

Opressão é toda conduta ou ação que transforma diferenças em desigualdades, para que estas beneficiem um determinado grupo em relação a outro. A opressão dos negros é racismo, das mulheres, machismo e dos homossexuais, homofobia. Para justificar as opressões, a sociedade em que vivemos cria ideologias falsas, como a ideia de que mulheres e negros são inferiores, ou de que as mulheres têm determinadas características que as tornam naturalmente mais aptas aos afazeres domésticos. Além disso, esta sociedade naturaliza as opressões e nos faz acreditar que o mundo sempre funcionou assim e que assim sempre será. Mas isso não é verdade! Diversos estudos antropológicos mostram que em muitas sociedades antigas, que viviam sob um comunismo primitivo, homens e mulheres tinham papel igualmente relevante. Nelas não existia nenhuma forma de dominação de um sexo sobre outro, como também não existia nenhuma forma de dominação de uma classe rica sobre a massa de trabalhadores, pois nelas não existiam classes sociais diferentes. 

Apesar dos grandes avanços conquistados, através de muita luta, por mulheres, negros e homossexuais, ainda há muitas desigualdades. Vemos isso nos altos índices de violência contra as mulheres e os homossexuais, nos salários menores pagos a mulheres e negros para desenvolver a mesma função de um homem branco ou nas diferenças dos trabalhos desenvolvidos majoritariamente por estes grupos dentro da sociedade, que em geral são os mais desgastantes e desvalorizados. Na sociedade capitalista, as opressões servem para aumentar o lucro dos patrões, à medida que justificam os salários menores ou menos despesas com direitos para determinados grupos. Dessa forma, servem também para aumentar a exploração de toda classe trabalhadora. Vemos isso também no caso das diferenças entre funcionários e terceirizados, estes últimos sofrem com a falta de direitos e ainda com o tratamento desigual. 

Infelizmente, as opressões são reproduzidas cotidianamente pelos próprios trabalhadores, nas relações familiares, na rua e no trabalho. Elas dividem os trabalhadores e dificultam sua organização. E, com isso, quem sai ganhando mais uma vez é a classe dominante. 

Nós, da Comissão Sindical, nos colocamos em campanha contra as opressões! Acreditamos que deve prevalecer entre todos os trabalhadores relações de respeito e de solidariedade. Pretendemos manter um espaço permanente no nosso jornal para discutirmos este tema e garantir o combate a qualquer forma de opressão. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A PLR diminuiu, mas não para todos

Acabamos de receber nossa PLR e muitos têm perguntado: porque recebemos um valor muito menor que o do 2° semestre de 2011? Porque é tão baixo o valor da parcela variável? Qual a lógica deste acordo coletivo de PLR?
A determinação de quantos salários cada cargo receberá fica a critério da diretoria do BB. E eles decidiram que, apesar do lucro ter diminuído, os superintendentes e gerentes executivos deveriam continuar recebendo três vezes o valor de referência (VR) de seus cargos, resultando em cerca de R$ 70.600,00 para cada um. Mas é claro que, se o lucro diminuiu, para manter o mesmo valor para estes senhores, foi preciso tirar dos outros.
A PLR é composta de uma parcela Fixa, de 4% do lucro liquido distribuído entre os funcionários, e uma Variável. Os Assistentes A e B, por exemplo, que no acordo passado receberam 1,62 vezes o VR, ficaram agora com 1,26. Neste caso, a parcela Variável é obtida pela diferença entre o valor de 1,26 vezes o VR e a soma da parcela BB (4% do lucro, este ano R$1.832,41) com a parcela Fenaban (R$ 1.890,19). Ou seja, ela só complementa a soma das outras 2 parcelas para que o valor total chegue então ao determinado pelo BB (1,26 x VR). No caso do Assistente B, a parcela variável foi somente R$ 21,41!
Compensar as horas de greve para cumprir o Acordo?!?!
Podemos ver como o BB recompensa seus funcionários! E ainda tem gestor afirmando que, por "comprometimento", os funcionários devem compensar as horas da greve. Outros fazem pior: tentam nos enganar, dizendo que a compensação é obrigatória. E para reafirmar isto, ontem, um Boletim Pessoal assinado por Carlos Neri, distorce o texto do acordo, fazendo ameaças e falando que não compensar é descumprir o acordo.
Rechaçamos veementemente o conteúdo deste Boletim Pessoal. A redação do texto do Acordo este ano é exatamente a mesma do ano passado. E em nenhum momento fala da obrigatoriedade da compensação. As horas não trabalhadas, independente de serem ou não compensadas pelo funcionário, NÃO PODERÃO SER DESCONTADAS. A compensação não é obrigatória. O texto estabelece somente um limite máximo de horas suplementares por dia (2 horas) e, em nenhum momento, fala de um limite mínimo.
É muita hipocrisia falar em descumprimento de acordo. Descumprir o Acordo é calcular PLR pelo Sinergia; descomissionar sem 3 GDPs negativas, botar na intranet performance individual de funcionários. Lembremos ainda o Plano Odontológico e o PCS. Ou talvez possamos recordá-lo que mais do que não cumprir acordos, o BB não cumpre a lei. A jornada de 6hs é um direito dos bancários garantido na CLT. Onde está o respeito do BB?
A simples autorização no ponto eletrônico, não nos obriga a fazer hora extra. A CLT diz que a realização de hora extra, depende de disponibilidade e consentimento do funcionário, não podendo ser imposta unilateralmente pelo empregador.
Não aceitamos que o Banco queira transformar o instrumento da greve em uma simples transferência das horas não trabalhadas durante a paralisação para o período posterior a ela. Quem lutou por todos não deve ser punido!


Desconto assistencial: um chamado à reflexão.
Este ano houve uma entrega recorde de cartas de oposição ao desconto assistencial. Filas se formaram durante os três dias, nos locais de entrega. Esse movimento espontâneo da categoria foi uma resposta ao acordo insuficiente assinado e a forma equivocada do debate sobre a cobrança do desconto, que foi aprovado antes mesmo de se saber se haveria greve ou não. Esperamos que a diretoria do Sindicato reveja sua posição em relação ao desconto assistencial, para que ele reflita de fato o seu fim, que é cobrir os gastos da Campanha Salarial, e que nos próximos anos ele seja democraticamente discutido com a categoria.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Adivinha quem está chegando ?!?!


Delegados sindicais do BB-Sedan lançam jornal sindical. Leiam abaixo algumas das matérias da primeira edição.

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O “RepresentAÇÃO” é recém nascido, mas cheio de boas intenções. Criado a partir de sugestões dos representantes sindicais de base do BB-SEDAN, durante a última greve, momento em que ficou clara a necessidade de dialogar, conhecer e integrar os trabalhadores desse “prédio-cidade” que é habitado , diariamente, por milhares de pessoas, de diversas empresas. Desejamos que ele se transforme em um instrumento que ecoe informações, nossas lutas, nossas denúncias. Um instrumento que fortaleça os laços de solidariedade entre nós, trabalhadores.
E é na chegada do nosso jornal que damos as “Boas-vindas” a você, habitante do SEDAN. Reafirmamos que este é um espaço aberto a todos : funcionários , terceirizados, Cipas das diversas empresas do prédio, Ecoas, etc.

MOMENTO DE REFLEXÃO...

Os sites de contingência foram criados com a finalidade de permitir a continuidade dos negócios em casos extremos, como acidentes naturais, incêndio e outros. Porém, em especial desde a retomada das greves, os bancos têm se utilizado deles como uma forma vil de burlar o movimento do funcionalismo.
Juntamente com a atividade dos sites, os bancos começaram as reformulações das suas estruturas funcionais, na qual implantam os cargos comissionados de gestão de carteiras, onde, praticamente todo funcionário é responsabilizado por uma carteira, de forma a determinar ao trabalhador o ônus do risco de uma perda financeira ou de um cliente.
Com toda esta nova sistemática ficou fácil para os bancos, mesmo os bancos públicos (onde os funcionários se destacavam por estarem sempre na linha de frente das reivindicações), pressionarem seus trabalhadores a não participarem das paralisações decorrentes do movimento da classe bancária. A justificativa é a de que "aderir ou não ao movimento" faz parte do processo democrático e que, portanto, os sites se constituiriam no lugar para os interessados darem continuidade ao seu trabalho.
Dessa forma, a implementação dos Sites de Contingência e a sua "naturalização" se transformaram numa das armas mais poderosas que os bancos tem para desvalorizar a força de trabalho dos bancários e intimidar os que querem lutar contra essa lógica maquiavélica. A individualidade e o assédio moral “institucionalizados” fragmentam o trabalho coletivo, permitem a ascensão daqueles cujas ações não são pautadas pelo mérito e/ou conhecimento técnico.
Salientamos que a paralisação dos negócios é a última instância do movimento dos trabalhadores para que nossas reivindicações por melhores condições de trabalho possam ser discutidas com o patronato. Neste sentido, trabalhar nos sites é uma atitude , na verdade, antidemocrática, pois dificulta a luta de toda a categoria em função da opinião e interesse do indivíduo.
Está na hora de “desnaturalizar” os sites de Contingência. Vamos dar o primeiro passo?

"O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo"

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ACONTECEU NA GREVE !!!

Mesmo com todas as ameças e chantagens, os advogados do BB se organizaram e participaram ativamente da greve. Este é um exemplo que precisa ser seguido pelas outras unidades do prédio. Organizados estaremos mais fortes para resistir as frequentes reestruturações , como a anunciada terceirização dos serviços jurídicos. A luta é de todos !!!
Os delegados sindicais do prédio realizaram um SAMBA/ATO em frente ao prédio do Sedan, no dia 21/09, como forma de dar visibilidade às nossas reivindicações, bem como chamar a solidariedade da população a nossa greve. Cada delegado sindical tocou um instrumento. Comandando o show, na voz e cavaquinho, nosso talentoso Amadula, delegado sindical da Difin/Gerof.

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Pitaco Cultural:
Em tempos de luta pela redução da jornada de trabalho vale rever o clássico filme de Mario Monicelli: Os Companheiros. Produzido em 1963 na Itália, França e Iugoslávia, o filme tenta mostrar a realidade de uma fábrica na cidade italiana de Turim no final do século XIX. Em uma atmosfera de exploração os empregados começam um movimento de organização de luta por melhores condições de trabalho e redução da exaustiva jornada de trabalho. Diversão garantida pelas situações tragicômicas ao longo da trama.




 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

FELICIDADE PARA OS BANQUEIROS, ARROCHO PARA OS BANCÁRIOS

Assim como na greve dos servidores federais, o Governo Dilma se mostrou totalmente intransigente com as reivin­dicações dos bancários públicos. E pra piorar, além de ter se escondido atrás da FENABAN, para não apre­sentar um índice de reajuste digno, ao mesmo tempo, não seguiu a proposta de piso (8,5%) apre­sentada pelos banqueiros, mostrando que a estratégia da Mesa Única de negociação defendida pela Contraf/CUT é uma farsa.


PODÍAMOS CONQUISTAR MAIS!

O sindicato causou grande confusão na categoria ao chamar duas assembleias para deflagrar a greve, com isso esvaziando as duas. É importante que a primeira assembleia seja lotada para fortalecer as pessoas para a greve. Apesar disso, quando a proposta foi apresentada, após nove dias, nossa greve podia crescer. Caixas e funcis das centrais de atendimento, por exemplo, mostraram que com mobilização é possível conquistar mais. Foram dois setores que aderiram com mais força a greve e conseguiram cláusulas no Acordo específicas para suas demandas.

Mas, ao contrário de fortalecer a greve, a Contraf/CUT encaminhou a aprovação de um Acordo que não atende aos nossos interesses! E deixa nossa reivindicação específica mais importante em aberto, e que pode se transformar em uma grande armadilha.



 JORNADA DE 6 HORAS: 
A “CONQUISTA” SUMIU DA REDAÇÃO FINAL DO ACORDO

Se a proposta de jornada de 6 horas vier com redução salarial, não será uma conquista, mas um ataque. O cheque em branco assinado pela Contraf/CUT nos deixa a mercê da proposta que o BB quiser apresentar. Ninguém sabe qual é a proposta. Tiveram a cara de pau de vendê-la como a grande conquista da Campanha Salarial, mas ela sequer foi posta no Acordo final assinado.

Precisamos construir um calendário de mobilização e, exigir que o Sindicato cumpra seu papel. A lei já nos garante a jornada de 6 horas! Não abriremos mão do nosso direito!

DESCOMISSIONAMENTO POR ATO DE GESTÃO = MAIS ASSÉDIO MORAL

Um dos avanços que obtivemos na Campanha Salarial de 2011 foi a inclusão da cláu­sula que exigia três avaliações negativas para justificar um des­comissionamento. A alteração unilateral do nor­mativo, pelo BB, criando a possibilidade de descomissionamento por ato de gestão e conduta ina­dequada, transforma a cláusula das 3 GDPs em letra morta. Enquanto o BB não al­terar a IN não teremos qualquer proteção contra os descomissio­namentos.

QUEM LUTOU POR TODOS NÃO DEVE SER PUNIDO!

A compensação das horas de greve NÃO É OBRIGATÓRIA e acaba em 15/12. Não haverá desconto pelos dias parados. As horas não compensadas serão zeradas em 16/12.

A greve ocorre pela intransigência dos banqueiros e do governo, como último recurso para conseguirmos aumento de salário, condições de trabalho e qualidade de vida. Não vamos aceitar que os que lu­taram sejam penalizados. Caso você seja pressionado pelo seu administrador, entre em contato conosco. A greve é um direito! 

PARA ESCREVER UM NOVO ROTEIRO, 
PRECISAMOS DA PARTICIPAÇÃO DE TODOS

É frustrante ver nossas lutas derrotadas pela ação coordenada entre banqueiros, governo e aqueles que deveriam dirigir nossas lutas. E ainda com o apoio de uma parcela equivocada da categoria, que além de não respeitar a decisão da maioria e furar a greve, vai pra assembleia para votar a mando do Banco. Esse ano foi por apenas 56 votos que enterraram a nossa greve.

Por se sentirem traídos pela direção do movimento, os bancários não querem mais participar. Porém é preciso entender que é justamente esse afastamento que cria as condições para que a Contraf/CUT controle e traia as nossas lutas. Precisamos romper com esse círculo vicioso e retomar o Sindicato para o caminho das lutas e das conquistas. Eles estimulam a ideia de que o Sindicato é para “lutar em meu nome”. Nós afirmamos que a força dos trabalhadores é insubstituível e apenas a nossa ação direta pode nos garantir vitórias.

Carta de Oposição ao Desconto Assistencial

A Oposição Bancária – RJ decidiu em plenária realizada nesta terça-feira, dia 09/10, declarar oposição ao desconto assistencial, o qual trata-se do desconto feito no salário de todos os bancários, sindicalizados ou não, com o objetivo de repor os gastos do sindicato com a campanha salarial. Este ano o valor do desconto assistencial é de R$ 45,00 e foi definido na primeira assembleia da campanha salarial, ocorrida em agosto. A carta abaixo foi aprovada na plenária da Oposição e apresenta nossos argumentos para a oposição ao desconto. Ela pode ser copiada e utilizada por qualquer bancário como sua declaração de oposição ao desconto assistencial. 

Conforme informações divulgadas no jornal bancário de 05/10/2012, a carta de oposição, deve ser entregue pessoalmente, em três vias, nos dias 9, 10 e 11 de outubro, das 9 às 17horas nos seguintes endereços: Federação dos Bancários RJ/ES (Avenida Graça Aranha, 19, sala 901, Centro), Sindicato dos Químicos (Rua Andrade Figueira, 206, Madureira), Sinpro (Rua Manaí, 180, Campo Grande) e AABB-Lagoa (Avenida Borges de Medeiros, 829, Lagoa).


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Carta de Oposição ao Desconto Assistencial

Venho, por meio desta, declarar minha oposição ao desconto assistencial pelos motivos que seguem abaixo.

O desconto assistencial tem por objetivo reembolsar o sindicato dos gastos extras efetuados durante a campanha salarial da categoria. Entendemos, dessa forma, que a sua cobrança e o seu valor devem ser discutidos com toda a categoria, após o fim da campanha salarial, e definidos em base a um balanço da campanha e da apresentação de planilha e comprovação dos gastos efetuados pela direção do sindicato. Infelizmente, essa diretoria tem adotado a prática, nos últimos anos, de aprovar o valor do desconto assistencial na primeira assembleia da campanha, quando da discussão da pauta de reivindicações, antes de qualquer mobilização, sem mesmo sabermos se haverá greve e quais serão os gastos despendidos pelo sindicato. Com isso, não há qualquer parâmetro para a definição do valor do desconto assistencial. O valor de R$ 45,00, aprovado este ano, é superior ao valor do desconto do ano passado, apesar da greve ter durado apenas 9 dias, 12 dias a menos do que a greve anterior. O acordo fechado não reflete as necessidades da categoria, nem o que produzimos para o banco. O vale alimentação, mesmo reajustado em um índice maior do que o salário, ficou abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses para os alimentos. Essa diretoria defendeu, nas assembleias que encerraram a campanha, este acordo muito insuficiente, apresentando em suas defesas vários limites à luta da categoria. Um papel lastimável! Era possível a continuidade da greve para obtermos um índice melhor de reajuste e conquistas nas reivindicações específicas. O valor de R$ 45,00, do desconto assistencial, é parte importante do valor reajustado do salário, pesando sobretudo para os bancários que ganham o piso. Estranhamente, essa diretoria defende a linearidade do desconto mas é contra a linearidade na distribuição da PLR. Além disso, os bancários que se envolveram com a greve, ficando o dia inteiro nos piquetes, não contaram com qualquer apoio do sindicato, como, por exemplo, a distribuição de lanche, tendo que arcar com diversos gastos além dos gastos normais do dia a dia.

Esperamos que essa diretoria reveja sua posição em relação ao desconto assistencial, para que ele reflita de fato o seu fim, que é cobrir os gastos da campanha, e que ele seja democraticamente discutido com a categoria.

Carta debatida e aprovada em plenária da Oposição Bancária – RJ, realizada em 09/10/2012.





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Banco/Dependência:
Matrícula:

domingo, 7 de outubro de 2012

A COMPENSAÇÃO NÃO É OBRIGATÓRIA!

QUEM LUTOU POR TODOS NÃO DEVE SER PUNIDO!



A compensação das horas de greve NÃO É OBRIGATÓRIA e acaba no dia 15/12. Nenhum tipo de desconto em relação aos dias parados pode ser efetuado. As horas não compensadas serão zeradas em 16/12.
A greve ocorre pela intransigência dos banqueiros e do governo, como último recurso para conseguirmos aumento de salário, condições de trabalho e qualidade de vida.
Não vamos aceitar que os que lu­taram sejam penalizados. A greve é um direito! 






sábado, 6 de outubro de 2012

Plenária da Oposição na terça-feira

PLENÁRIA DA OPOSIÇÃO BANCÁRIA NO DIA 09/10, TERÇA-FEIRA
AS 18:30H, na sede da CSP Conlutas - Evaristo da Veiga, 16 - 18
º andar

Acabamos de sair de mais uma greve e, como sempre, é muito importante que possamos debater entre nós um balanço deste processo para tirar conclusões que nos ajudem a seguir construindo a mobilização da categoria e uma alternativa de direção para o movimento, que negue tudo o que a CONTRAF/CUT tem representado dentro e fora das campanhas salariais.

Na CEF, a greve acabou de uma forma que gerou grande revolta entre os funcionários, com um mega operativo do banco para encher a assembléia de gerentes . Precisamos debater como transformar esta revolta em mobilização, já que segue sem avanços a principal reivindicação específica dos bancários da CEF, a Isonomia.

No BB, será fundamental manter e aprofundar a mobilização pela jornada de 6 horas, já que o banco deve apresentar uma proposta em janeiro de 2013 e já sabemos que a intenção é reduzir salários e, inclusive, exigir suspensão de ações na justiça como condição para implementação do acordo, fora outras surpresas desagradáveis que certamente devem aparecer. Por isso a urgência em construirmos um calendário de mobilização e, ao mesmo tempo, exigirmos que o Sindicato cumpra seu papel.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Bancários do Banrisul continuam em greve

Apesar do fim da paralisação nacional dos bancários, em Porto Alegre (RS) a greve continua firme no banco Banrisul. Os bancários em luta para o atendimento da pauta especifica da categoria (veja aqui as reivindicações). Pelo quadro divulgado pela Federação dos Bancários/RS a greve atingiu 299 agência no Estado/RS mais 15 agências de fora do Estado, totalizando 314 agências em greve.
Segundo informações da AGBAN (Associação dos Funcionários das Empresas do Grupo Banrisul), a adesão ao movimento é muito grande. Na segunda-feira (1/10), ainda pela manhã, houve uma reunião do Comitê de Apoio a Greve, que teve a participação de quatro centrais sindicais: CSP-CONLUTAS, CUT, Intersindical e CTB.
Com informações da diretoria da AGBAN
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Diário da Greve Banrisul/2012 – 02/10/2012
escrito pela Diretoria da AGBAN

Felizmente desta vez São Pedro esteve do nosso lado e a anunciada chuva não aconteceu. Isso não impediu, porém, que os grevistas terminassem o dia de ”alma lavada” após terem protagonizado a maior passeata da história do Banrisul, pelo menos nos últimos 25 anos.
Já pela manhã muitos colegas se concentravam na porta da DG/Ag. Central distribuindo o boletim do sindicato que convocava os colegas a descerem ás 11 horas e a participarem da passeata. As 09:30 três equipes de grevistas entraram no prédio e passaram em todos os andares da DG reforçando o convite. Às 11 horas , somente a grande quantidade de grevistas já foi suficiente para o fechamento da Caldas Júnior. Na medida em que os colegas da DG foram saindo a rua foi ficando pequena e ao meio-dia foi iniciada a caminhada rumo ao Palácio Piratini. A emoção contagiou a todos, o sindicato distribuiu camisetas, apitos e bandeiras, as centrais sindicais CSP-CONLUTAS, Intersindical, CUT e CTB se fizeram presentes, o candidato pelo PSTU, Érico Correa, foi o único dos postulantes a prefeitura de Porto Alegre a participar da nossa passeata.
Já no Palácio Piratini uma comissão de seis colegas representando nosso Comando Nacional foi recebida pela Secretária Adjunta, Mari Perusso, e pelo Chefe de Gabinete da Casa Civil, Flávio Helmann.e, após exporem as razões da nossa greve e a intransigência da Direção do Banco, ouviram dos representantes do governo o compromisso de buscarem a reabertura das negociações e de nos darem um retorno até o final do dia.
Nossa assembléia realizada às quinze horas repetiu a grande participação das anteriores. O informe da Federação de que a greve havia alcançado 322 agências , com a incorporação das agência do Rio de Janeiro, ag. Centro e Copacabana, e a paralisação da agência e da Superintendência em Blumenau, foi muito aplaudido.
Para amanhã seguem as caravanas pela manhã e a novidade do dia será um grande abraço ao prédio da DG/Ag.Central ao meio-dia com o slogan “Vamos abraçar o novo quadro de carreira” no sentido de sinalizarmos para a direção do Banco que uma possível contra proposta deve incluir questões referentes ao novo quadro pois após quase dois anos de debates nada ainda foi acordado.
Até a finalização deste “Diário”, às 18:18h não havíamos recebido retorno do Governo do Estado sobre a reabertura das negociações

Diretoria da AGBAN