Nesta eleição escolheremos mais do que alguns representantes para a Cassi, faremos a opção por um programa, um caminho, para nossa Caixa de
Assistência.
A Cassi foi fundada há 70 anos por funcionários do BB e constitui-se hoje em um dos nossos maiores patrimônios. Apesar disso, vemos um crescente distanciamento da Cassi dos seus princípios e fins, fruto de uma política consciente da sua atual gestão que, aliada à direção do Banco, tem abandonado os interesses dos associados.
Adoecimento do funcionalismo
O debate sobre a nossa saúde e o papel que queremos que a Cassi cumpra não pode ser feito isoladamente do debate sobre as nossas condições de trabalho e o nível de adoecimento que vive hoje o funcionalismo. O BB nos adoece com a imposição das metas, com o assédio moral e a pressão para atingi-las, com as reestruturações que mexem com a vida dos funcionários... As doenças psíquicas e cardíacas são verdadeiras epidemias entre os bancários. São muitos os colegas acometidos por depressão e síndrome do pânico, colegas que enfartaram ou sofreram AVC.
Não podemos também deixar de fazer o debate do processo de privatização do BB, que está na origem de todos aqueles ataques que recaem sobre a nossa saúde. O BB é cada vez mais um banco de mercado, esvaziado de suas funções sociais, que se volta para a conquista de resultados sempre maiores e a qualquer custo, priorizando a remuneração dos acionistas privados. Com o aumento do limite da participação estrangeira dentro do banco para 30% (autorizado por Dilma no ano passado), aumentarão também os ataques aos nossos direitos e à nossa saúde.
As mudanças na Cassi
Ao mesmo tempo em que nos adoece, o BB se desobriga cada vez mais de sua responsabilidade com a Cassi e com a nossa saúde.
A CASSI passou a assumir o ônus da irresponsabilidade social do banco, arcando com uma demanda crescente de procedimentos médicos. Ao mesmo tempo, sofre com uma queda na arrecadação em função do rebaixamento dos
nossos salários.
As reformas estatutárias de 1996 e 2007 e outras medidas administrativas representaram o distanciamento da Cassi do seu caráter solidário e a sua aproximação cada vez maior de um plano de saúde de mercado, o que ameaça sua existência.
As negativas de exames, procedimentos, próteses e ressarcimentos tornaram-se um padrão na CASSI. Sofremos com os descredenciamentos de hospitais e médicos e com a burocracia instalada em nossa Caixa de Assistência.
Os representantes eleitos, apoiados pela Contraf CUT, estiveram do mesmo lado dos representantes do Banco e defenderam a aprovação das mudanças estatutárias. Não cumpriram o seu papel de esclarecer e mobilizar o funcionalismo para impedir os ataques aos nossos direitos.
Por isso, entendemos que é muito importante apresentarmos uma chapa de colegas que estão nas lutas sindicais, nas greves, que tem se posicionado na defesa dos interesses do funcionalismo e atuado de forma independente do governo e da direção do Banco.
Vimos nas manifestações de junho do ano passado, milhões de pessoas indo às ruas para lutar, dentre outras coisas, por mais verbas para a saúde pública. Precisamos também, dentro do BB, lutar pela nossa saúde e em defesa da Cassi. A chapa 3 pretende, apoiando-se no conjunto do funcionalismo do BB, construir Uma Nova Cassi, centrada na defesa da saúde de seus associados.
PRINCÍPIOS DA CHAPA 3
- Defesa do princípio de SOLIDARIEDADE (cada um contribui de acordo com seu salário e todos utilizam conforme a sua necessidade).
- Defesa intransigente do direito à assistência plena à saúde de todos os FUNCIONÁRIOS e seus dependentes (ativa, aposentados e pensionistas, residentes nas capitais ou no interior).
- Defesa de uma gestão autônoma e independente do governo, da direção do Banco e do mercado de saúde.
As mudanças no Estatuto da Cassi
A reforma estatutária de 1996 desobrigou o BB de possíveis déficits da Cassi.
Já em 2007, a reforma estatutária, aprovada após 4 votações e sob muita chantagem e ameaças ao funcionalismo, fixou a contribuição do banco em 4,5% sobre o valor total dos proventos do funcionário. Antes da reforma, a contribuição do BB para a Cassi era igual a uma vez e meia à contribuição do funcionário. A alteração permite o aumento da contribuição dos funcionários sem o correspondente aumento na participação do BB. A mesma reforma instituiu a co-participação sobre exames e procedimentos hospitalares.
Veja alguns pontos do programa da Chapa 3:
-Revisão imediata da rede de credenciados;
- Implantação adequada de ambulatórios nos grandes prédios do BB;
- Direito a todos os funcionários incorporados de ter acesso à rede da Cassi;
- Fortalecimento das CIPAs e dos conselhos de usuários;
- Propor a contratação de Auditoria Externa e Independente, que promova completo diagnóstico da situação atuarial, financeira e administrativa da CASSI.
Chapa 3 – Uma Nova Cassi
Diretor
Humberto Santos Almeida
Conselheiro Deliberativo – Titular 1
Karen Simone D'Avila
Conselheiro Deliberativo – Suplente 1
Juliana Publio Donato de Oliveira
Conselheiro Deliberativo – Titular 2
Ailton Claécio Lopes Dantas
Conselheiro Deliberativo – Suplente 2
Ronaldo de Moraes Ferreira
Conselheiro Fiscal
Norival da Silva
Conselheiro Fiscal – Suplente
Marianne Lima Martins
Conheça o programa completo da Chapa 3 em www.umanovacassi.com.br