sábado, 29 de novembro de 2014

Gerências de Comércio Exterior do BB pararam em todo o país.

Funcionários das GECEX's realisaram paralisações contra o processo de reestruturação em curso no Banco do Brasil.

É fundamental que o Sindicato dos Bancário convoque assembleia para definir luta conjunta dos funcionários da Gecex, CSL e agências.

Nesta quarta-feira, 26/11, ocorreu mais uma paralisação nacional, com a participação de funcionários de 14 GECEX’s (Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior) de todo o país para demonstrar a insatisfação com o processo de reestruturação. Questões centrais continuam sem resposta: o banco comprometeu-se a criar cargos de Assistente Operacional Junior suficientes para que os atuais Assistentes B e Operacional Junior pudessem migrar para o novo prefixo sem perdas salariais, mas criou somente 21 novas vagas em SP, totalizando 26, o que não chega nem perto de resolver o problema. O banco também não  aceita nenhuma proposta alternativa à centralização do operacional em 3 polos, como seria a questão da manutenção de plataformas operacionais nos locais onde hoje temos GECEX’s operacionais. Não garante comissões equivalentes para os funcionários de unidades que estão sendo fechadas ou tendo seu quadro reduzido.

Funcionários da Gecex em ato no Rio.

Funcionários da Gecex votando a paralisação

Infelizmente, ao invés de abrir um canal de diálogo a partir da paralisação, o Banco resolveu responder com mais truculência. Rasgou o Acordo Coletivo de trabalho, renovado há menos de 2 meses, e a legislação trabalhista quando alterou o ponto dos funcionários que participaram da paralisação, registrando saída à sua revelia, e realizou anotações no ponto dos funcionários, onde afirmam simplesmente que este se ausentou sem autorização, sem mencionar o motivo, que era conhecido por todos, ou seja, a paralisação. Para quem não sabe da história, fica parecendo que os funcionários são irresponsáveis, que simplesmente deixam o local de trabalho sem avisar, por qualquer motivo. Não foi isso que aconteceu. Estávamos nos manifestando CONTRA A REDUÇÃO DOS NOSSOS SALÁRIOS!

Tais medidas têm como único resultado prático aumentar a revolta dos funcionários e piorar ainda mais o clima das unidades, que já é bastante ruim.  Frente à situação, exigimos que a CONTRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) tome todas as medidas previstas no acordo em caso de registro irregular do ponto.

Mas temos que ir além: a CONTRAF precisa unificar a luta de todos os funcionários do BB. A situação nas agencias está cada vez pior, a terceirização e as reestruturações com prejuízos para os funcionários aumentam em toda a área meio. A CONTRAF precisa tomar medidas jurídicas contra os efeitos da reestruturação e as práticas anti-sindicais. A direção do  Sindicato do Rio de Janeiro precisa encaminhar a proposta que saiu da plenária das GECEX’s de fazer uma assembleia geral dos funcionários do Banco do Brasil para discutir estes problemas e encaminhar a luta conjunta.

A todos os colegas, convidamos a uma reflexão: com todos os problemas acima, alguém tem dúvida de que todos nós, funcionários deste Banco, seremos atingidos de alguma forma, agora ou um pouco mais à frente, por esta política de redução de custos do BB? Nós, que construímos esta instituição, não podemos admitir sermos tratados desta maneira. A luta precisa ser de todos!

Todo o Apoio à Greve dos funcionários da BB Tecnologia e Serviços (COBRA Tecnologia)

O Movimento Nacional de Oposição Bancária, filiado à CSP-CONLUTAS declara total solidariedade aos trabalhadores da BB Tecnologia e Serviços (BBTS), que estão em greve desde o dia 25, na maior parte do país. O BB é o acionista majoritário da empresa e a utiliza para terceirizar atividades claramente bancárias, precarizando as relações trabalhistas. Recentemente, a BBTS assumiu o monitoramentos dos TAAs (que era realizado pelos CSO’s) e está assumindo a análise de operações de crédito imobiliário. O BB alterou o nome da Cobra, que passou a ser BB Tecnologia e Serviços, e ampliou o leque de atividades que esta empresa pode realizar. Em contrapartida, um trabalhador da COBRA recebe R$ 1697,90 para trabalhar 8 horas.

A terceirização é uma das formas mais utilizadas para reduzir custos das empresas. Ela aumenta cada vez mais no país, particularmente nos bancos. É absurdo que um banco controlado pelo governo federal faça terceirização fraudulenta precarizando direitos trabalhistas. Dilma mais uma vez rompe com as promessas que fez durante sua campanha, quando enviou uma carta à CONTRAF/CUT, onde afirmava e comprometia-se a avançar no que segue: “O primeiro e fundamental passo foi a valorização dos bancários, recuperando o valor dos salários com aumentos reais, aumentando o valor da PLR, preservando o emprego e aumentando o quadro de funcionários, restabelecendo direitos que foram retirados dos trabalhadores por governos anteriores e incorporando reivindicações do movimento sindical.” A terceirização e o tratamento dado aos trabalhadores da BBTS é o contrário disso.
Para nós, quem trabalha em banco, bancário é. Os trabalhadores da BBTS têm direito a receber os mesmos salários e direitos previstos na Convenção Nacional Bancária.
Todo apoio à greve dos funcionários da BBTS!
Isonomia já, rumo ao fim da terceirização, com incorporação dos funcionários da BBTS ao quadro de funcionários do Banco do Brasil!

MNOB