domingo, 27 de outubro de 2013

PLENÁRIA DA OPOSIÇÃO BANCÁRIA RJ


          A campanha salarial terminou, mais uma vez, com um acordo muito aquém das nossas necessidades e do que os bancos podem dar. A Contraf/CUT vende o acordo como uma vitória, mas este não o entendimento da maioria da categoria. O índice de reajuste, de 8%, não reflete os lucros acumulados pelos bancos. Ele é semelhante ao conquistado por outras categorias, como correios e metalúrgicos, setores que não têm a mesma lucratividade do sistema financeiro. A pressão das metas e do assédio moral seguirá adoecendo a categoria. Não houve também avanços específicos nos bancos públicos. O BB e a Caixa sequer seguiram o índice de reajuste do piso dado pela Fenaban, de 8,5%. Estes bancos ainda perseguem os grevistas tentando obrigar a compensação dos dias da greve.

          Vamos debater o balanço da campanha salarial, a resistência à pressão que os bancos fazem hoje sobre os grevistas e construir as próximas lutas.

VENHA CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA DE DIREÇÃO PARA A CATEGORIA BANCÁRIA, INDEPENDENTE DOS BANCOS E DO GOVERNO!

VENHA CONSTRUIR A OPOSIÇÃO BANCÁRIA!

Uma resposta às ameaças da DIREF: Quem descumpre acordos é o BB!

             Em mais uma tentativa de nos intimidar, o Banco divulgou uma mensagem ameaçando, sob o ponto de vista disciplinar, aqueles que se recusarem a compensar as horas da greve. O BB foi responsável por um impasse nas negociações durante a greve, pois era o único banco que insistia na compensação total das horas, em 180 dias. Derrotado naquela discussão, agora o BB tenta de todas as formas impor o medo e um sentimento de derrota aos grevistas, jogando todo o funcionalismo contra a greve, este instrumento de luta, legal e legítimo, dos trabalhadores.

        A direção do Banco orientou os gestores a pressionar os funcionários para que eles compensem as horas e a “renegociar” as ausências, como férias e abonos. No ano passado, diante de toda a pressão feita pelo banco e da desmarcação das férias dos funcionários, o Ministério Público do Trabalho (MPT) acolheu denúncia contra o BB por prática antissindical.

             Vejamos a cláusula da Convenção da FENABAN deste ano, que regulamenta a compensação de horas da greve:

"Os dias não trabalhados entre 19 de novembro de 2013 e 14 de outubro de 2013, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com prestação de jornada de trabalho limitada 1 (uma) hora diária , no período compreendido entre a data de assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho até 15 de dezembro de 2013, e, por consequência, não será considerada como jornada extraordinária, na forma da lei.”

           O acordo tem exatamente a mesma redação do ano anterior, avançando para o limite máximo de compensação de uma hora diária e não duas. O acordo não estabelece nenhum percentual mínimo de compensação, apenas o máximo, nem qualquer punição ao funcionário que não realize a compensação. Consta, sim, que em 15 de dezembro a compensação estará encerrada.

              O que todos sabemos, mas o BB não fala, é que nenhuma compensação é justa pois a greve só foi deflagrada e se estendeu devido à intransigência do governo e dos banqueiros nas negociações. Ele não fala também que quem descumpre acordos coletivos é a direção da empresa, que descomissiona por ato de gestão tendo assinado um acordo onde consta uma cláusula que exige três avaliações ruins na GDP para ocorrer o descomissionamento. Que, pelo segundo ano seguido, não concede aos seus funcionários o reajuste do piso salarial que consta no acordo da Fenaban assinado também pelo BB. Que incentiva a prática do assédio moral pelos seus gestores ao mesmo tempo que diz combatê-lo.

Estamos de olho! Não assine nenhum cronograma de reposição das horas de greve!

Não admita a desmarcação de suas férias!

Denuncie qualquer assédio e intimidação feitos pelo gestor!

A PRIVATIZAÇÃO DO BB ESTÁ EM CURSO!


             Após a escandalosa privatização do campo de Libra do pré-sal, cuja exploração foi transferida para empresas estrangeiras, o governo federal anuncia mais um avanço da privatização do Banco do Brasil com o aumento para 30% do limite de participação estrangeira no banco.

                   Lula e Dilma, durante suas campanhas eleitorais, diziam que o PT no poder defenderia as empresas públicas. Que o BB, a Caixa e a Petrobras não seriam privatizadas nos seus governos. Que este risco existia apenas com a vitória do PSDB nas urnas. Dilma afirmou ainda que privatizar o pré-sal seria um crime e que ele era nosso passaporte para o futuro. Mas a realidade nos mostra a cada dia que o verdadeiro compromisso dos governos do PT é com o capital privado e não com os trabalhadores.

                  Em 2002, no final do governo FHC, a participação de capital estrangeiro no BB era de 0,9% e a quantidade de ações negociadas em bolsa não alcançava os 7%. Em 2006, o governo Lula aumentou para 12,5% o limite para a participação estrangeira no banco e, em 2009, para 20%. Em julho de 2010, último ano do governo Lula, o total das ações negociadas em bolsa passou dos 30% e a participação de estrangeiros no BB saltou para 16,2% da composição acionária. A participação da União obviamente caiu bastante, de 72% em 2002 para 58% em 2013. Agora, Dilma, através de decreto presidencial, aumenta para 30% o limite da participação estrangeira no BB. A ampliação de capital privado e estrangeiro dentro do banco e a redução da participação da União não tem outro nome: é PRIVATIZAÇÃO!

                O governo declarou ser do seu interesse a mudança para 30%. O vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores do banco, Ivan Monteiro, disse que a medida estava em estudo a seis meses e que busca “dar mais liquidez às ações da instituição e, assim, assegurar ganhos aos acionistas diante de mudanças previstas para 2014 no índice Bovespa”. Nesta sexta-feira, o mesmo dia da publicação do decreto presidencial, foi divulgada, na intranet do BB, uma declaração de Dilma aos funcionários do banco na qual dizia ser ele “uma empresa de mercado com alma de pública". 
É isso que fazem os governos do PT: colocam a estrutura pública a serviço dos ganhos privados!

                     As consequências desta medida serão o aprofundamento de uma gestão privada dentro do BB, que visa os lucros recordes a qualquer custo.
Para nós, funcionários, significará imediatamente o aumento da pressão por resultados e, com ela, as metas sem limites, o assédio moral, as reestruturações, a piora das condições de trabalho e um violento adoecimento. Enfrentaremos, certamente, a tentativa de ataques futuros aos nossos direitos e um endurecimento ainda maior nas negociações salariais com o banco. Sofreremos ainda com o aumento da terceirização, que hoje já nos tira postos de trabalho e transfere o serviço para trabalhadores com menores salários, sem direitos e condições de trabalho ainda mais precárias que as nossas. Veremos ainda a expansão dos correspondentes bancários e o aprofundamento dos contratos com empresas terceirizadas que oferecem o menor preço e praticam todo o tipo de ilegalidade, dando calote nos trabalhadores, como vemos acontecer de forma sistemática com vigilantes, telefonistas e trabalhadores da limpeza, sem qualquer compromisso do banco.


Os representantes dos trabalhadores não podem se calar diante deste ataque!

                    No site do Sindicato dos Bancários do Rio e da Contraf/CUT, é muito comum constarem artigos elogiando o governo federal e sua política econômica. Mas é necessário ser coerente com a função de representante dos interesses dos trabalhadores. A culpa pelas mazelas que vivemos no BB não é apenas da direção da empresa, mas sobretudo do governo que determina o papel do banco dentro de sua política econômica e a quem está submetida aquela direção. A alteração do capital do BB faz do governo Dilma  o principal responsável pelas práticas antissindicais e pela gestão baseada no assédio moral, que hoje adoece e mata os funcionários. Exigimos que a Contraf/CUT denuncie este grave ataque e tenha uma atuação verdadeiramente independente do governo!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Contra a ameaça de demissões aos grevistas da educação

Participe da PASSEATA NESTE DIA 15/10.
Concentração a partir das 16 horas, na Candelária

No dia 07 de outubro mais de 50 mil pessoas foram às ruas no centro do Rio em solidariedade aos professores e funcionários das escolas estaduais, da FAETEC e do município do Rio de Janeiro que estão em greve. Uma manifestação que entrou para história da classe trabalhadora do país.

Nós, da OPOSIÇÃO BANCÁRIA nos orgulhamos de ter participado desta manifestação, junto com uma coluna de bancários grevistas. No meio das 50 mil pessoas foi cantado por todos: "a nossa luta unificou, luta bancário, petroleiro e professor".

Ao final da passeata a vedete para os meios de comunicação não foram as crianças, os jovens, os aposentados, enfim a solidariedade que somou 50 mil pessoas no centro do Rio. Os jornais, que apoiaram as torturas e mortes nos porões da ditadura, só falavam no quebra-quebra. .

E, logo depois disto, o governo Cabral anuncia a demissão de 400 grevistas das escolas estaduais por "abandono de emprego". Além disto, insistem em distorcer a nota do SEPE (Sindicato dos Prof da Educação), que afirma que, daqui para a frente, serão os próprios professores que farão a sua segurança nas manifestações. Ou seja, a imprensa atua em uma clara demonstração de divisão de tarefas com os governos que tentam, por meio da coação e ameaças, esvaziar a manifestação convocada para o dia 15/10.

Ato em defesa da educação, contra todas as retaliações, punições e violências dos governos à greve da educação do Rio de Janeiro.
Por uma educação pública de qualidade.

A Oposição Bancária convoca todos os trabalhadores e todos os movimentos sociais a participarem do Ato do Dia do Mestre.

PROCURE A FAIXA DA OPOSIÇÃO BANCÁRIA e engrosse a ala dos bancários na passeata!!!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Panfleto específico bancos privados

Panfleto específico Caixa

Panfleto específico BB

PROPOSTA ESPECÍFICA DO BB

PROPOSTAS 2013 - FINAL

Já apresentadas

Vale cultura: no valor de R$ 50,00 por mês para os funcionários que ganhem até 5 salários mínimos, a partir de janeiro/2014.

Abono das horas de ausências, durante a jornada de trabalho, para os funcionários com deficiência, para aquisição, manutenção ou reparo de ajudas técnicas (cadeiras de rodas, muletas, etc), com limite de uma jornada de trabalho por ano;

Elevação da licença adoção para homens solteiros (família monoparental) ou com união estável homoafetiva, de 30 para 180 dias;

Aumento do valor da bolsa dos estagiários, de R$ 332,00 para R$ 570,00;

Auxílio educacional para dependentes de funcionário falecido ou que tenha ficado inválido em decorrência de assalto intentado contra o Banco - no limite de R$ 868,00 por mês até 24 anos incompletos, na forma das instruções internas (sem cláusula).

Vacina contra a gripe para todos os funcionários (sem cláusula)

Demais Propostas

Redução da trava para remoção de escriturários, de 24 meses para 18 meses;

Movimentação transitória para as ausências da gerência média nos casos de licença de saúde, a partir do 1º dia e até 90 dias, nas agências de qualquer nível com até 7 (sete) funcionários;

- Cláusula com compromisso do Banco em preencher o número de vagas de caixa executivo existentes na data de assinatura do ACT, priorizando os funcionários que já estejam substituindo há mais de 90 dias e desde que haja interesse pelo funcionário;

Elevação da pontuação do mérito para os caixas, de 0,5 ponto para 1 ponto por dia de exercício, retroativo a 2006, com pagamento a partir de 1.9.2013;

- Cláusula com compromisso do Banco em normatizar internamente a proibição do envio, pelos gestores, de mensagens de texto (SMS) que tratem de cobrança de metas em fins de semana, além da limitação do horário de envio durante a semana;

- Compromisso do Banco em normatizar internamente o treinamento dos gestores que não obtiverem desempenho suficiente no RADAR (sem clausular);

Mediação de Conflitos: Compromisso do Banco de agregar a metodologia de ouvidoria existente à metodologia de mediação de conflitos, treinando todos os gerentes de Gepes, analistas que atuam na Ouvidoria e Administradores (sem clausular);

- Compromisso de considerar somente os 20 primeiros do TAO para os processos seletivos e nomeações nas Unidades do Banco (sem clausular);

- Seleção para gestores, na rede de agências, pelo Programa de Ascensão Profissional, com pré-requisito de não ter demanda de Ouvidoria procedente nos últimos 12 meses, consideradas também as denúncias encaminhadas via "protocolo de prevenção de conflitos"; (sem clausular)

Mesa Temática sobre Cassi e Previ com início previsto para 30 dias após a data de assinatura do ACT;

3.000 contratações de funcionários até 31.08.2014;

- O banco se compromete a efetuar ajustes nos percentuais do Adicional de Função de Confiança - AFC e do Adicional de Função Gratificada - AFG em relação aos Valores de Referencia - VR das Respectivas Funções, a partir de 01.09.2016, conforme os termos desta Cláusula.

Parágrafo Primeiro - Em 01.09.2016, o percentual do Adicional de Função de Confiança - AFC em relação ao Valor de Referencia - VR da respectiva Função de Confiança - FC, passará a ser 43,75%.

Parágrafo Segundo - A partir do mês de setembro de 2016 e a cada 3 (três) anos, o percentual do Adicional de Função Gratificada - AFG em relação ao Valor de Referencia - VR da respectiva Função Gratificada - FG, passará a ser:

I- Em 01.09.2016 - 18,75%
II - Em 01.09.2019 - 25,00% 
III- Em 01.09.2022 - 31,25%; e
IV- Em 01.09.2025 - 37,50%. (sem clausular)

- Renovação do Acordo Coletivo (acordo marco) sobre CCV por 2 anos, sem cláusula de suspensão de ações judiciais por 180 dias.

- Prorrogação por mais seis meses da possibilidade de realização de horas extras para os funcionários que aderiram a funções gratificadas, na forma prevista no plano de funções;

- Reclassificação das faltas de greve realizadas no primeiro semestre de 2013, por conta do plano de função;

- Realização de mesa temática sobre CABB.

Participação nos Lucros e Resultados: o modelo de distribuição da PLR terá a mesma estrutura do exercício anterior. O aumento no montante do programa será distribuído para todas as faixas salariais (47% a mais):

Escriturários recebem R$ 5.837,15 e caixas executivos R$ 6.236,38

Parcela variável do Módulo BB (vinculado ao resultado): a tabela de salários paradigma será aumentada na mesma proporção de 47% a mais.

Veja alguns grupos: Comissionados FG e FC (plenos) 2,07 salários paradigma, gerência média 2,15 salários paradigma, primeiros gestores 2,57 salários paradigma. (Todas as demais funções na tabela da parcela variável no BB também foram reajustadas pela mesma proporção, informou o banco).


Fonte: Contraf-CUT

PROPOSTA DA CAIXA – MESA ESPECÍFICA

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Momento decisivo da campanha salarial: Fenaban, BB e Caixa marcam negociação.

A categoria deve tomar nas suas mãos os rumos da campanha e da greve!

Amanhã, às 10h, haverá nova negociação com a Fenaban e às 12h com o BB e a Caixa. Estamos em um momento decisivo da nossa campanha salarial.

Sabemos que se a orientação da Contraf/CUT for pela aceitação da nova proposta, os sindicatos ligados a ela irão desmontar a greve, para depois, ao final do dia, tentarem aprovar a proposta e a volta ao trabalho. Dividem as assembleias e acabam com a greve de toda a categoria, sem avançar nas questões específicas do BB e da Caixa.

Por isso, mais do que nunca, devemos tomar a condução da campanha e da greve nas nossas mãos! Vamos mudar aquele roteiro!

Vamos reafirmar pelo que estamos lutando. E não é só pelo índice! É pela jornada de 6 horas sem redução salarial; pelo fim das metas, do assédio moral e dos descomissionamentos; por melhores condições de trabalho; pelo retorno da substituição e o fim da lateralidade; contra as reestruturações; e por mudanças na estrutura e o funcionamento do PSO. 

Sem conquistas específicas não há campanha salarial vitoriosa!

Além disso, não podemos aceitar um acordo que nos imponha a compensação dos dias de greve. Os bancos usam a compensação para punir os grevistas e jogar os bancários contra este instrumento legítimo de luta dos trabalhadores. A greve se estende devido à intransigência dos banqueiros e do governo em negociar com os bancários! Por isso, nós não vamos pagar nada! Queremos o abono total dos dias de greve!

Vivemos um momento único na conjuntura do país. A nossa greve acontece em um contexto diferente dos outros anos. Há lutas fortes de várias categorias por toda parte, com destaque para a educação do Rio de Janeiro que protagoniza uma greve histórica contra os governos de Eduardo Paes e Sérgio Cabral.

Precisamos aproveitar este momento e arrancar dos banqueiros e do governo uma proposta compatível com os lucros que produzimos.

Vamos exigir que a Presidente Dilma garanta uma negociação de verdade no BB e na Caixa, que discuta as questões mais importantes para seus funcionários e atenda suas reivindicações. Que interfira também no modelo de gestão dos bancos públicos, colocando fim ao assédio moral, aos descomissionamentos, às demissões por ato de gestão e às práticas antissindicais.

VAMOS AMPLIAR E FORTALECER A GREVE A PARTIR DE AMANHÃ!

Tod@s à assembleia nesta sexta-feira!
A diretoria do sindicato do Rio informou que amanhã, quinta-feira, não haverá assembleia. A deliberação sobre a proposta que sairá da negociação de amanhã acontecerá na assembleia de sexta-feira, dia 11. O local e o horário da assembleia ainda não estão definidos.

Participe da Plenária da Oposição Bancária!
Faremos nesta quinta-feira uma plenária da Oposição Bancária para juntos avaliarmos as propostas que sairão das negociações. A plenária será aberta e acontecerá amanhã (quinta-feira), às 16h, na CSP-Conlutas (Rua Evaristo da Veiga, 16 / 1801 - Cento).
CONVIDAMOS TOD@S @S BANCÁRI@S A PARTICIPAR!

sábado, 5 de outubro de 2013

FENABAN AUMENTA SUA PROPOSTA EM APENAS 1%! O CAMINHO PARA AVANÇARMOS DE VERDADE É FORTALECER A GREVE!

          A Fenaban, depois de 16 dias de greve dos bancários, aumentou sua proposta de reajuste em apenas 1%. O reajuste seria de 7,1% sobre o salário e demais verbas e de 7,5% para quem recebe o piso da categoria. Essa proposta não reflete os lucros recordes acumulados nos últimos anos, produzido por nós, bancários, nem atende as nossas necessidades.
          Com essa proposta, o piso da categoria ainda ficaria muito longe do piso do DIEESE (cerca de R$ 2.600,00), que é o salário mínimo necessário para a sobrevivência de uma família no nosso país. O setor bancário tem totais condições de garantir este piso aos trabalhadores.
          Essa proposta significaria também um reajuste de R$ 1,52 no valor por dia do auxílio refeição e de R$ 26,12 na cesta alimentação!
          Esse reajuste não reflete, de maneira alguma, o aumento do preço dos alimentos. Há muito tempo que a cesta alimentação foi consumida pela inflação dos alimentos e não cobre mais nossos gastos mensais no mercado. Vamos, dessa forma, continuar acumulando perdas.
          Outro item absurdo dessa proposta é o referente ao auxílio-creche/babá. Além do valor continuar muito baixo, há uma diferença significativa no valor do auxílio dependendo do tempo do seu recebimento. Para filhos até 71 meses, o auxílio seria de R$ 327,95 e para filhos até 83 meses o valor seria de R$ 280,55. Se a/o bancária/o receber o auxílio por mais tempo, terá direito a um valor mensal menor!
          A Fenaban acrescentou um item na proposta que fala do adoecimento dos bancários. Isso mostra que a situação de adoecimento da categoria é tão grave que não pode mais ser negada. No entanto, a proposta de constituição de um grupo de trabalho para analisar as causas dos afastamentos mostra que os bancos não pretendem mudar essa realidade, mas apenas fingir que estão tratando do assunto. Estamos todos cansados de saber quais são as causas do violento adoecimento da nossa categoria. São as metas, a violenta pressão para o seu cumprimento, o assédio moral e as ameaças de perda de comissão e de demissão feitas aos bancários todos os dias, por e-mail, telefone, sms ou pessoalmente.
            O comando nacional, da Contraf/CUT, está orientando a categoria a rejeitar a proposta e manter a greve.
 
            DEVEMOS REJEITAR ESSA PROPOSTA E FORTALECER A GREVE A PARTIR DAQUI!
 
             Aqueles/as bancários/as que ainda não aderiram à greve, devem aderir! Aqueles/as que já aderiram mas ainda não estão participando das atividades da greve, devem participar!
 
             Devemos comparecer às assembleias, para discutir formas de fortalecer a greve e pressionar os bancos.
 
            Queremos um reajuste compatível com os lucros que produzimos!
 
            Queremos o piso do DIEESE, o fim das metas e do assédio moral e o fim das demissões! Além disso, não podemos fechar a campanha salarial sem as negociações específicas dos bancos públicos avançarem. Devemos pressionar o governo para marcar negociações nestes bancos já, sem esperar nova proposta da Fenaban.
 
            ASSEMBLEIA NESTA SEGUNDA. TOD@S LÁ!!!
 
           O sindicato dos bancários do Rio está convocando a assembleia para segunda-feira (07/10), às 18h, no auditório do sindicato (Av. Presidente Vargas, 502 / 21º andar). No mesmo dia haverá uma grande passeata no centro, com concentração na Candelária a partir das 17h, em apoio à luta dos profissionais de educação. Vamos propor, para a diretoria do sindicato, a antecipação do horário da assembleia para que os bancários possam se somar aos outros trabalhadores que ocuparão o centro do Rio em defesa da educação do nosso município. Acompanhe as informações pela internet para confirmar o horário da assembleia.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

BANCÁRI@S SEGUEM NA GREVE E BUSCAM A UNIFICAÇÃO DAS LUTAS

BRB apresenta proposta de índice! E o BB e a Caixa? Por que não negociam?

Após 13 dias de greve, a Fenaban e o governo não marcaram nenhuma negociação com os representantes da categoria. O único banco que marcou negociação foi o BRB, Banco Regional de Brasília, apresentando uma proposta de índice de 7% e outros itens específicos. A proposta foi considerada insuficiente e rejeitada pelo sindicato. Apesar disso, o fato do banco ter apresentado um índice maior que os 6,1% da Fenaban nos mostra que o governo federal e as direções do BB e da Caixa podem fazer o mesmo. O discurso de que estão presos na mesa da Fenaban só serve para proteger o governo e fazer a nossa greve se arrastar para depois impor uma proposta rebaixada. Não podemos aceitar que o governo, através das direções dos bancos públicos, fortaleça a política dos banqueiros de impor acordos rebaixados à categoria para ampliar cada vez mais seus lucros. Devemos fortalecer a greve e cobrar do governo sua responsabilidade com os trabalhadores.  Vamos exigir da Presidente Dilma que determine às direções do BB e da Caixa que marquem uma negociação já com os bancários.
Bancári@s apoiam a luta dos profissionais de educação!
Nesta terça-feira, dia 01/10, os profissionais da educação do município fizeram uma grande manifestação na Cinelândia contra a aprovação do plano de cargos e salários proposto pela prefeitura. Os bancários em greve se somaram à luta da educação. A Oposição Bancária fez uma faixa de apoio aos profissionais de educação e um grupo de bancários, levando a faixa, entrou na manifestação cantando esse apoio. A reação dos trabalhadores que ocupavam a Cinelândia foi emocionante. Logo todos estavam cantando e aplaudindo juntos. Um forte sentimento de solidariedade de classe uniu em uma só categoria, em uma só luta, bancários e professores. Foi lida também, pela direção do nosso sindicato, uma moção de apoio da categoria bancária à luta da educação, aprovada em assembleia.
Infelizmente o fim da manifestação não foi neste clima. No final da tarde, a PM, a mando dos governos de Sérgio Cabral e Eduardo Paes, pôs fim ao ato jogando bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo nos trabalhadores. Dentro da Câmara, protegidos por grades altas e sob o som das bombas do lado de fora, os vereadores votavam o plano de cargos e salários formulado pela prefeitura e amplamente rejeitado pelos trabalhadores.
Os profissionais de educação seguem em greve e na luta contra o plano aprovado. Agora, mais do que nunca, eles precisam do apoio e solidariedade de todos os trabalhadores! Continuaremos apoiando incondicionalmente os profissionais da educação e a luta por uma educação pública e de qualidade!
Bancários e petroleiros, juntos, contra o leilão de Libra!
Tod@s ao Ato-Show nesta quinta-feira, dia 03, na Praça XV!
Os petroleiros, que também estão em campanha salarial, farão, nesta quinta-feira (03/10), um dia nacional de luta com atos, passeatas e paralisação. Esse dia, que marca o aniversário de 60 anos da Petrobras, será de forte mobilização para exigir da Petrobras uma proposta que atenda às demandas da pauta dos trabalhadores e também para pressionar o governo pelo cancelamento do leilão de Libra, que está marcado para o próximo dia 21 e que significará a maior entrega de riquezas nacionais a empresas estrangeiras da história do nosso país. No Rio de Janeiro, haverá um Ato-Show, organizado pelo Sindipetro, na Praça XV, a partir das 17h. Definimos em assembleia a incorporação dos bancários na luta dos petroleiros, com a presença no Ato-Show. Veja a programação em www.apn.org.br.
Vivemos nos bancos públicos um processo de privatização na venda das ações, na gestão que privilegia o lucro a qualquer custo, nas terceirizações. Processo muito semelhante ao vivido hoje pelos trabalhadores da Petrobras.

NÓS TAMBÉM SOMOS CONTRA O LEILÃO DE LIBRA E A FAVOR DE UMA PETROBRAS 100% ESTATAL!

VAMOS UNIFICAR AS LUTAS DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS, DA EDUCAÇÃO E PETROLEIROS!

Assista ao vídeo produzido pela Federação Nacional dos Petroleiros sobre o leilão de Libra, que segue abaixo.

Carta Aberta de Bancário(a) para Bancário(a)

Caros Colegas,
Nossa importante tarefa nesse momento é unificar esforços para consolidar uma grande greve nacional. Para isso é importante reafirmarmos que nossa luta não se resume a garantir nova proposta um pouco acima dos 6,1% já apresentados pela Fenaban. Os lucros dos bancos, nossa indignação com as condições de trabalho e com a exploração cotidiana, nossa capacidade de mobilização, tudo isso nos permite ir além.
Em todos os últimos anos, os dirigentes da cúpula sindical fecham acordo com os bancos, postam nos sites da Contraf e demais entidades que a greve acabou, e depois vão para suas assembleias (muitas vezes sem nem entender a proposta direito!) dizer que não há como continuar a greve por conta da orientação nacional. Para nos libertarmos dessa chantagem, é preciso uma ofensiva política "de baixo para cima", fundamentada em uma grande participação ativa e crítica dos bancários e bancárias nas assembleias, no retorno das assembleias participativas com debate tranquilo e elevado e no questionamento da falta de transparência da burocracia sindical.
É preciso reiterar desde já o recado para os representantes do Comando Nacional de que nossa luta contra a ganância da Fenaban é para valer, "não é pelos 20 centavos"!
Da mesma forma, as negociações com a Caixa e o com o BB têm que ser pra valer, e não apenas uma rápida reunião logo após a Fenaban (como nos últimos anos) para terminar com a greve de toda a categoria, protegendo os bancos e o governo federal de uma possível greve de verdade! A negociação com os bancos estaduais deve terminar quando a categoria entender ser o momento adequado, e não com a decretação, por parte da burocracia sindical, sem qualquer debate e de forma atabalhoada, de que a greve acabou, como tem acontecido nas negociações com o Banrisul - método que interessa exclusivamente aos bancos.
O resultado concreto da atual prática da cúpula sindical e seu script pré-determinado é o rebaixamento de nossas pautas, a acomodação e a descrença na luta. Vamos virar esse jogo, exigindo transparência, valorização do debate coletivo e respeito aos fóruns de deliberação. Vamos reorganizar uma militância bancária que acredita na luta, encanta e busca o novo!
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Somos bancários(as) de base, delegados(as) e dirigentes sindicais unidos(as) por um objetivo: mudar os rumos do movimento sindical.
Precisamos construir uma direção que valorize os trabalhadores(as) que estão no dia a dia das agências e unidades. Que ouça a categoria e respeite as diversas opiniões.
A Oposição Bancária/CSP-Conlutas também faz parte deste movimento!


CONSTRUA CONOSCO UM NOVO RUMO!