NOSSO MAL NÃO É A GRIPE
A diretoria do BB tem se superado a cada dia. Ao invés de demonstrar respeito com o funcionalismo atendendo direitos que mudariam as condições de trabalho e de vida, a proposta específica apresentada pelo Banco, veio recheada de penduricalhos. O subsídio de vacina antigripal aos funcionários é vendida como uma demonstração de que o Banco estaria preocupado com nossa saúde.
De fato, parte fundamental de nossa greve é a luta por resgatar a saúde. Mas nosso mal não é a gripe. Vivemos constantemente a angústia da reestruturação iminente. Neste momento, sofremos a implementação da reestruturação na Gerat, o corte de 10 postos de trabalho na Ajure e a possibilidade da extinção da Gecoi Rio em 2014.
Além disto, no ultimo Boletim Pessoal, a diretoria do BB reafirma que pode tudo, inclusive passar por cima da resolução do STF. O Supremo reafirmou em uma súmula editada neste ano, que as empresas de economia mista se equiparam às estatais e que, portanto só podem demitir se comprovada alguma falha enquadrada como justa causa. Já a diretoria do Banco continua sustentando que tem o direito de nos demitir por ato de gestão.
O tom de ameaça dos Boletins Pessoais é a maior demonstração de que não há diálogo. O que o Banco quer é nos deixar cada vez mais acuados para aplicar mais ataques.
A Revolta da Vacina em 1904 ocorreu pela truculência como foi implementada a campanha de vacinação obrigatória.Fortalecer a greve neste momento é a forma de dar resposta efetiva a truculência da atual gestão do BB.
Neste momento há um impasse na mesa de negociação da Fenaban. A informação que temos é de que os bancos federais são os principais responsáveis pelo impasse. Portanto, para que ocorra qualquer avanço na proposta econômica, será necessário pressionar a direção da Caixa e, princialmente a do BB. Precisamos exigir de Dilma que destrave a mesa de negociações e que acabe com as práticas antissindicais da atual diretoria do BB.
“Sacode” no site de contingência da Teleporto
No dia 24/09 uma comissão de grevistas foi visitar o “site” de contingência da Teleporto. Distinto do conceito de contingência, este site tem sido utilizado como um aparato anti-greve, para o qual é convocado 100% do quadro de funcionários da Dimec e da Difin.
Houve confronto com a segurança do prédio e, depois de muita pressão, foi negociado que, no site haja apenas uma contingência. Houve compromisso por parte das administrações da Dimec e da Difin, que só entrarão no site os funcionários listados no acordo. Além disto, foi estabelecido o direito de acompanhamento, por parte dos delegados sindicais e diretoria do Sindicato, para checar se o acordo está sendo cumprido.
Estaremos de olho !!!