quarta-feira, 4 de junho de 2014

17 de Maio é o Dia Internacional de Combate à Homofobia


        Apesar das conquistas conseguidas através da luta, ainda há enorme discriminação aos LGBTs. O Brasil é o país onde mais morrem LGBTs vítimas de homofobia. No dia 23/05, a Gerência de Pessoas (Gepes) do Banco do Brasil no Rio, promoveu uma palestra relacionada ao dia 17/05. A palestra contou com a participação de Cláudio Nascimento da Silva, coordenador do programa Rio Sem Homofobia(RSH).
          A palestra tratou de temas como a história recente do debate em relação aos LGBTs, definições e diferenciações importantes como a questão de identidade de gênero e orientação sexual, a invisibilidade das mulheres lésbicas e a marginalidade em que vivem as travestis e transexuais. Outros pontos positivos do encontro foram a linguagem acessível e a explicação detalhada das iniciativas do RSH.
      O Banco do Brasil mostra uma postura progressiva em relação aos LGBTs ao reconhecer seus direitos e garantir, no acordo coletivo, o mesmo tratamento aos funcionários que tenham relação homoafetiva ao garantido àqueles que mantêm relação heterossexual, como a possibilidade de inclusão de companheiro/a como dependente. Mas, no dia a dia a realidade é outra. A homofobia se expressa livremente dentro dos locais de trabalho, sendo inclusive reproduzida pelos gestores do banco. Os homossexuais, assim como as mulheres, são as principais vítimas do assédio moral e o preconceito afeta sua carreira. Esse ambiente hostil acaba por impedir que muitos colegas assumam sua orientação sexual dentro do banco e possam, com isso, exercer seus direitos. 
          A própria forma como a palestra foi encaminhada mostra a postura do BB em relação ao tema. Pra começar, a Gepes não garantiu que os inscritos tivessem sua presença confirmada, como faz por exemplo com suas convocações para cursos negociais. Alguns inscritos não conseguiram liberação, e os que conseguiram foram muitas vezes constrangidos pelo seu interesse no tema. Além disso, não foram apresentados dados referentes aos LGBTs no Banco e ao combate interno à homofobia. 
          Há muito o que avançar na equidade e no combate à discriminação tanto no BB como em qualquer outra empresa. Sequer temos como avaliar precisamente a situação pela falta de dados. Precisamos lutar por uma pauta específica para os LGBTs, com direito de promoção, combate ao assédio moral e toda forma de discriminação, utilizando-se de campanhas permanentes e formação dos gestores.
        Para uma mudança qualitativa, precisamos mudar de postura! Bancário, não reproduza o preconceito e nem se cale diante dele! Se vir uma situação de discriminação aos LGBTs, constranja e denuncie. Todos unidos contra o preconceito!!!