quinta-feira, 22 de março de 2012

Conheça as propostas da Chapa 2

Conheça o programa completo da Chapa 2, um programa verdadeiramente de luta para os trabalhadores:

Campanha Salarial
ü  Pela unificação da campanha salarial dos bancários com as de outras categorias, em especial estatais, como petroleiros e correios;
ü  Reposição de perdas salariais desde o início do Plano Real;
ü  Luta unificada dos bancos públicos e privados. Mas as mesas de negociação específicas no BB e na CEF também devem negociar  cláusulas econômicas;

ü  Eleição de todos os integrantes da mesa de negociação em assembléias de base;

Organização do movimento e democracia
ü  Total independência dos governos e dos banqueiros. Sindicato precisa garantir mecanismos de controle pela base da categoria. Não à participação do Sindicato em fóruns tripartites com o governo e patrões;
ü  Promover uma reforma estatutária visando a democratização e o controle pela base sobre a direção que debata, entre outros temas, a forma de composição da diretoria ( proporcionalidade ou majoritariedade ) e o fim do presidencialismo. Por uma diretoria do sindicato que funcione na forma de um colegiado;
ü  Limite Máximo de dois mandatos consecutivos para cada diretor. Revogabilidade de mandatos perante decisão de assembléia ou congresso da categoria.  Rodízio nas liberações dos diretores definido em assembléia.
ü  Auditoria nas Contas do Sindicato;
ü  Retorno da mensalidade do Sindicato para 1% sobre o salário, com um teto a ser discutido com a categoria
ü  Realização de um amplo debate precedendo a convocatória de um plebiscito para definir sobre a permanência ou não do vínculo do Sindicato com a CUT
ü  Nenhum privilégio aos dirigentes sindicais. Contra a remuneração adicional e jetons para diretores do sindicato. Não às comissões/cargos especiais para dirigentes sindicais. Fim do carreirismo no sindicato;
ü  Lutar pela eleição de delegados sindicais em todas as unidades de trabalho, com estabilidade no emprego e que não possam ser removidos;
ü  Democracia nas assembléias. Respeito a posicionamentos diferentes aos da diretoria e direito à palavra para todos que quiserem fazer uso dela;
ü  Que polêmicas sobre os temas afeitos a categoria sejam expostos no jornal BancáRio, garantindo-se mesmo espaço para cada uma das posições/opiniões
ü  Reuniões regulares dos delegados sindicais com poderes deliberativos e organização por local de trabalho;
ü  Liberação do ponto dos delegados sindicais dois dias por mês para reuniões e outras atividades tais como cursos, seminários ou palestras;
ü   Reunião mensal do Conselho de Delegados Sindicais;
ü  Retorno das subsedes do Sindicato para atender, organizar e integrar os bancários das diversas regiões
ü  Prestação mensal de contas à categoria;
Mulheres
ü  Lutar contra todas as formas de discriminação das mulheres, que hoje são contratadas recebendo na média um salário 27,66% menor em relação aos homens, além de serem as principais vítimas do assédio moral e sexual;
ü  Licença maternidade automática de 180 dias para todas as empregadas do Banco, sem necessidade de solicitação;
ü  Garantia de todos os benefícios integrais (VA, VR, etc.) durante a licença maternidade;
ü  Auxílio creche no valor de dois salários mínimos até 83 meses de idade e após esse prazo auxilio educação;
ü  Garantia de creche em todos os eventos do movimento para possibilitar a presença das bancárias mães;
ü  Regras para ampliar a presença de mulheres nos cargos comissionados
ü  Criar uma Secretaria de Mulheres do Sindicato

Setor Jurídico
ü  Fortalecer o departamento jurídico do sindicato, revendo sua terceirização, e disponibilizar assistência jurídica a todos que trabalham em bancos, inclusive não associados e terceirizados;
ü  O departamento jurídico deve cumprir papel de assessorar os bancários, a partir de seus conhecimentos técnicos, mas todas as decisões relativas às ações que o sindicato deverá mover em nome da categoria, devem ser tomadas em assembléia

Políticas para a luta específica da Categoria Bancária
ü  Priorizar a luta por estabilidade no emprego para todos os bancários. Exigir do governo federal que ratifique imediatamente a convenção 158 da OIT, que proíbe as demissões imotivadas e, no caso de fusões, condicione-as à garantia de emprego para todos os trabalhadores das empresas envolvidas;
ü  Jornada de 6 horas, sem redução de salários, para todos os bancários. Que o Sindicato lance uma campanha , com mobilizações e iniciativas jurídicas ref a 7ª e 8ª horas para todos os comissionados
ü   Isonomia entre todos os funcionários, inclusive dos bancos incorporados, sempre garantindo os maiores direitos. Licença-prêmio e anuênio para todos! Para trabalho igual, salário e direitos iguais!
ü  Piso salarial do Dieese
ü  Plano de carreira em todos os bancos que valorize o tempo de serviço e abra oportunidades democráticas de ascensão profissional;
ü  PLR linear de 25% de todo o lucro;
ü  Pelo fim da terceirização e dos correspondentes bancários: quem trabalha em banco, bancário é;
ü  Fim da alta programada no INSS e da perseguição praticada pelos bancos aos bancários adoecidos;
ü  Contra todas as campanhas e planos de metas dos Bancos
ü  Combate ao Assédio Moral atacando suas verdadeiras causas: a altíssima rotatividade nos bancos privados, as metas, os diversos mecanismos para monitoramento individual do tempo de atendimento e da produtividade, os salários rebaixados, que nos deixam reféns das comissões, a falta de critérios objetivos para comissionamentos e descomissionamentos, dentre outros.
ü  Onde ocorrerem casos de assédio, organizar protestos na porta das unidades e denunciar publicamente os assediadores.
ü  Criar fóruns de debate na categoria para acumular as denúncias e preparar um dossiê para o Ministério Público, OAB, órgãos de Diretos Humanos, imprensa e para a OIT (Organização Internacional do Trabalho);
ü  Que sejam publicados, no jornal do Sindicato, o nome dos assediadores
ü  Lutar pelo pagamento do vale alimentação e pela extensão dos planos de saúde a todos os aposentados;
ü  Compensação e Microfilmagem: Contra demissões e perdas salariais. Pela realocação de todos os funcionários com manutenção de todas as vebas ora recebidas, como o adicional noturno;
ü  Luta pelo feriado no dia do bancário ( 28 de Agosto )
Política Geral
ü  Independência frente aos governos Dilma, Cabral e Eduardo Paes;
ü  Apoio e solidariedade a todas as lutas dos trabalhadores e do movimento popular
ü  Pelo fim do Fator Previdenciário e contra a implantação de qualquer outro  fator alternativo ( como a proposta  85/95 ). Não à reforma que privatiza a previdência do servidor público;
ü  Pelo fim do imposto sindical, com devolução do valor recebido pelo Sindicato enquanto não for possível extingui-lo juridicamente.
ü  Lutar contra todas as privatizações e concessões, como a recente privatização dos aeroportos, e pela reestatização das empresas privatizadas;
ü  Não pagamento das dívidas externa e interna aos grandes investidores;
ü  10% do PIB para a educação pública
ü  Para romper com a concentração,a especulação e parasitismo é necessário nacionalizar e estatizar o sistema financeiro, sob o controle dos trabalhadores. Por um sistema financeiro que invista em projetos realmente necessários ao país e ao povo trabalhador. Não ao subsídio que o BNDES proporciona aos grandes grupos econômicos.  Juros subsidiados aos trabalhadores! Isenção de tarifas para a população de baixa renda;
ü  Recursos públicos somente para os Bancos Públicos.
ü  Pelo fim da segregação pelos bancos ! Que as agências tenham condições de atender toda a população de clientes e usuários!Contratação de caixas-executivos! Universalização dos serviços ! Não aos correspondentes bancários !
ü  Solidariedade internacional, como a defesa do povo palestino, contra as agressões e ocupações do imperialismo norte-americano e europeu  
ü  Pela retirada das tropas brasileiras do Haiti

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sistema Financeiro no Brasil: exploração, agiotagem e parasitismo


Em 2008, a crise econômica tomou conta da economia capitalista mundial, levando à falência bancos, grandes empresas multinacionais e até países inteiros. No Brasil, o governo Lula, para evitar, naquele momento, a contaminação do país pela crise, tomou medidas que visavam impulsionar o consumo da população. Uma das principais foi o aumento da oferta de crédito. Com ela, os bancos não foram atingidos pela crise e seus lucros continuaram crescendo. Enquanto as 500 maiores empresas do país sofreram uma queda de 10% nos lucros em 2008 e outra queda igual em 2009, os 5 maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) tiveram uma média de crescimento do lucro de 24% entre 2008 e 2010. A verdade é que o setor financeiro do nosso país saiu ganhando com a crise! E esse ganho se deu em cima de um endividamento generalizado da população, que hoje sofre para sobreviver com uma grande parte do salário comprometida com as dívidas.



Fonte: Banco Central e IBGE – Elaboração ILAESE





                    Fonte: PIB IBGE – Ativos dos Bancos, Banco Central (BC) – Elaboração ILAESE

Além deste salto no crédito para a população, há outro fator determinante para o crescimento espetacular do lucro dos bancos no Brasil. Boa parte dos seus lucros vem do pagamento, pelo governo, de juros altíssimos sobre os títulos da Dívida Pública Interna, que em 2011 atingiu a histórica marca de R$ 2,5 trilhões. Em 2011, o governo destinou 45% dos recursos do Orçamento Geral da União para o pagamento da Dívida Pública. Os bancos foram os maiores beneficiados. Enquanto isso, os gastos com saúde ficaram limitados a 4% e com educação a 3% do orçamento. Os trabalhadores, que são os maiores financiadores do Estado através do pagamento dos impostos, não têm o retorno justo e necessário em investimentos nos serviços públicos essenciais.  Ao contrário, temos ainda que enfrentar o corte nos gastos sociais, para garantir as metas de superávit primário que se destinam ao pagamento da dívida pública, que nunca sofre cortes. Como vemos, os bancos no Brasil são hoje verdadeiros parasitas que sugam os recursos públicos e exploram a população com tarifas e juros altos.

Enquanto isso, a categoria ...

Mesmo com os altos lucros do sistema financeiro, a categoria sofre com o avanço da precarização do trabalho bancário e com os ataques a seus direitos. As seguidas reestruturações nos bancos que visam o avanço da automação, a redução de custos com pessoal, o avanço da terceirização e dos correspondentes bancários têm sido responsáveis por grandes mudanças na categoria. Nos últimos 20 anos ela foi reduzida à metade, os salários diminuíram e as condições de trabalho pioraram muito.

Demissões

Mesmo ganhando muito, os bancos seguem demitindo. A crise econômica agravou uma tendência do sistema financeiro, a formação de monopólio. As fusões e a compra de bancos menores por grandes bancos, junto com as privatizações, têm gerado um grande número de demissões na categoria. Os bancos também demitem para contratar funcionários novos com salários menores. Infelizmente, o combate que a atual diretoria do sindicato tem dado às demissões é muito insuficiente. As pontuais reintegrações corrigem injustiças individuais, mas não resolvem um problema que é de toda categoria, nem impedem que os bancos sigam demitindo. É preciso e possível ir além na questão das demissões. Não podemos aceitar que com a lucratividade que os bancos têm, eles continuem demitindo em massa. Devemos exigir do governo uma posição firme e medidas concretas contra as demissões imotivadas, sobretudo neste cenário de altos lucros. Devemos organizar a categoria para lutar, na campanha salarial, por uma cláusula no acordo coletivo que garanta a estabilidade no emprego durante a vigência do acordo, impedindo as demissões imotivadas.

salário X LUCRO

A distância entre os salários pagos pelos bancos aos seus funcionários e o lucro produzido por eles é algo escandaloso. Entre 1996 e 2010, enquanto as receitas dos bancos cresceram 276%, o gasto com pessoal cresceu apenas 127%. Ele sequer acompanhou a inflação do período (IPCA IBGE), que ficou em 157%. Os lucros? Ah, estes cresceram 1.485%! Hoje, a receita dos bancos com tarifas cobre todos os gastos com pessoal e ainda sobra dinheiro.


A tabela seguinte mostra a relação entre receita e custo por funcionário dos 5 maiores bancos do país, em 2010.
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Receita X Custo por funcionário em mil R$ no ano de 2010

BB
Itaú
Bradesco
Caixa
Santander
Receita
652
839
843
367
1021
Custo
100
78
93
92
92
Receita/Custo
6,5
10,8
9,1
4,0
11,1

Fonte: Banco Central


Para o ano de 2010, segundo estes números, um bancário do BB que trabalha 6 horas paga seu salário mensal em aproximadamente 18 horas ou 3 dias de trabalho. No Itaú e no Santander, um bancário que trabalha 6 horas paga seu salário mensal em aproximadamente 11 horas ou 2 dias de trabalho. No Bradesco, esse tempo é de aproximadamente 13 horas ou 2 dias de trabalho e na Caixa, de aproximadamente 30 horas ou 5 dias de trabalho. No restante do mês, o bancário trabalha de graça para o patrão, só produzindo os lucros astronômicos.

Os índices de reajuste fechados nas campanhas salariais e festejados pelos sindicatos da CUT não refletem nossas necessidades, o lucro produzido com o nosso trabalho, nem as perdas salariais que acumulamos. Aquelas direções sindicais privilegiam a negociação da PLR, que acaba sendo usada como chantagem pelos bancos para acabar com a greve. O “aumento real” (qualquer 0,01% acima da inflação) vendido por aqueles sindicatos como uma vitória é, em verdade, uma falácia, pois se acumulamos perdas só teremos aumento real depois que estas forem zeradas. O piso atual da categoria, de R$ 1.400,00, é outro disparate. Não permite a sobrevivência de uma pessoa, quanto mais uma família, em uma capital do país hoje. Um piso tão baixo no setor que mais lucra no país!



Por isso, defendemos a luta pela reposição das perdas salariais, pelo piso do DIEESE e por planos de carreira que garantam promoções por tempo de serviço. Por isso pedimos seu voto na Chapa 2!

terça-feira, 20 de março de 2012

Precisamos de uma nova direção no sindicato!

Patricia Vale, presidente pela chapa 2
Há alguns anos, vemos o nosso sindicato controlado por sindicalistas que não defendem os nossos interesses. Mostram-se mais preocupados em defender o governo e sua política econômica, pois também fazem parte do PT.


Isso tem ficado evidente nas campanhas salariais, com as pautas rebaixadas, que não contêm as nossas reivindicações, e com a assinatura de acordos ainda mais rebaixados que as pautas apresentadas. Acordos que não refletem as nossas necessidades, nem o que produzimos para os bancos.

Estes sindicalistas, que estão na direção do sindicato há mais de 20 anos, mantêm-se distantes da categoria e da sua realidade cotidiana e, por isso, não refletem as nossas necessidades.

Eles, juntos com a Contraf/CUT, não têm respondido ao enorme número de demissões nos bancos privados e aos ataques que os bancos públicos têm sofrido. A situação de precarização da categoria, que sofre com os baixos salários, com a retirada de direitos, com um nível de adoecimento sem precedentes, contrasta com a alta lucratividade do sistema financeiro do nosso país. A perspectiva, diante da crise econômica que ainda assola o mundo, é de novos ataques aos trabalhadores em geral e à nossa categoria, em particular.

Precisamos estar organizados e lutar para manter e conquistar novos direitos. A direção do sindicato tem, é claro, papel fundamental nessa organização e na luta. Por isso, queremos um novo sindicato. Um sindicato verdadeiramente democrático, controlado pela base da categoria e sem privilégios para os dirigentes sindicais.

Um sindicato com autonomia e independência dos governos e patrões, que reflita as necessidades e expectativas da categoria.

Um sindicato realmente a serviço das nossas lutas. A Chapa 2 é formada por ativistas e delegados sindicais que pretendem construir este novo sindicato. Participe também dessa construção!

Vote Chapa 2!