quarta-feira, 21 de novembro de 2012

RESISTIR A NOVA ONDA DE REESTRUTURAÇÕES NO BB

Pressão dos funcionários do CSL e CSO arranca compromissos do Sindicato de Pernambuco.

Agora é necessário exigir que a Contraf/ CUT organize a resistência nacionalmente 

A plenária, realizada na semana passada, dos funcionários do CSO e CSL, em Recife, a primeira capital vítima da  nova reestruturação que centralizará serviços do país todo em apenas 3 cidades: São Paulo, Curitiba e BH, foi lotada e acabou pressionando a direção do Sindicato a convocar uma Assembleia para o dia 22/11 para nela referendar as propostas que foram apresentadas na plenária. Entre tantas outras propostas irá deliberar sobre a paralisação de 1 hora no dia 28/11.
Nós, do Rio de Janeiro, também temos sofrido com este processo de centralização de serviços. A Coger e boa parte das agências do Atacado foram extintas. Vários prefixos são esvaziados para a transferência de serviço e postos de trabalho para outras regiões.

Vejam o que relatam nossos colegas de Pernambuco:

As mentiras que o BB está veiculando sobre a reestruturação do CSL/CSO

"Não haverá redução na dotação"
Segundo o vice-presidente da CONTRAF, Carlos Souza, o BB deixou escapar que das quase 800 pessoas nos dois centros (CSO e CSL de Pernambuco) ficarão apenas 200 a 300 pessoas em cargos, de comissões majoritariamente inferiores às vigentes na atual estrutura.

"A reestruturação não reduzirá o quadro efetivo da DINOP e ainda aumentará a quantidade de prefixos e não tem objetivo de redução de custos com as despesas com pessoal"
Aumentam-se os prefixos com quadro de comissões inferiores. Não haverá assistentes A nas novas estruturas em Recife. Os gerentes das equipes serão gerentes de grupo e não de setor como é hoje.Há sim redução salarial na nova estrutura e uma pergunta sem resposta.Os atuais cargos lotados no CSO e CSL, permanecerão recebendo suas comissões atuais, enquanto estiverem no prefixo, até quando? Se não vai haver mudança no quadro e considerando a portabilidade dos serviços, que podem ser feitos em qualquer região, porque transferi-los para o sudeste, se o BB não tem o objetivo de gerar ganhos em escala na nova estrutura?

"Não haverá prejuízos para o nordeste"
A migração destes serviços de maior valor agregado (cadastro, operações de crédito, contratação e gestão de serviços e obras de engenharia) para o sudeste, implicará num prejuízo conceitual para a empresa nordestina e para as agências, que passarão a ter um tratamento ainda mais massificado no trato de questões carregadas de particularidades regionais. O que implicará em maiores dificuldades para concretizar negócios e oferecer às empresas locais uma maior facilidade de prestação serviços ao BB.

O sindicato já deveria ter se articulado com os sindicatos do Nordeste para conjuntamente distribuírem uma carta aberta à população mostrando que o BB encontra-se de costas para uma região que cresce de forma promissora e num ato de gestão obscuro, sem que conheça os meandros na nota técnica, impõe aos bancários e a sociedade uma derrota política, transferindo serviços de ponta para o sudeste e nos legando os tais "serviços especializados, serviços esses dotados de elevado grau de automação e pouca importância política para o estado, além de serem altamente instáveis, nos parecendo mais ser parte da solução temporária do BB sobre o que fazer com o excedente de funcionários. A mudança se apresenta com um tom de esvaziamento das estruturas regionais no estado. Hoje CSO e CSL, amanhã GECOI, GECEX, DICRE, AJURE, SUPER... O futuro nos aponta o estado restrito a uma rede de agências.

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